Ministro Manuel Homem acusado de enganar Presidente João Lourenço usando imprensa pública no “caso SME”
O actual ministro do Interior, Manuel Gomes da Conceição Homem, está a ser acusado em alguns círculos de usar os órgãos de comunicação social públicos, com maior enfoque para a Televisão Pública de Angola (TPA), para enganar o Presidente da República e a opinião pública, no “caso SME”.
Fontes que acompanham o processo asseveram que, Manuel Homem, usando o poder de antigo titular da pasta das Telecomunicações Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTICS), “instrumentaliza” a imprensa estatal com o propósito de manchar a imagem e o consulado do seu antecessor no MININT, Eugénio Laborinho e a antiga direcção-geral do serviço de Migração e Estrangeiros (SME).
A fonte que preferiu anonimato, conforme documentos em posse deste portal, desde que entrou em vigor a “caça aos fantasmas” no Serviço de Migração e Estrangeiro (SME), “a nova gestão conseguiu de inserir no grupo mais 700 pessoas, o que mostra a fraude que pretende combater a possível outra fraude”, revelou.
O Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE), de acordo com revelações, fez o ingresso de mais de mais de dois mil homens, tendo terminado recentemente, mas sem o curso público, o que mostra uma disparidade no combate a este fenómeno”, acrescentou.
“Se o curso está suspenso, ainda não se fez a correção de provas, ao mesmo tempo que dizem que há uma Comissão da Inspeção a nível de todo MININT a fazer Inspecção, como o senhor ministro e o senhor director-geral do SME estão a inserir nomes de pessoas desconhecidas no Sistema de Gestão Financeira do Estado, em substituição dos Instruendos em fase de recadastramento? Estes nomes vieram de onde? Porque se corrige um suposto erro cometendo outros erros mais graves ainda?”, contou.
Ressalta que o caso dos instruendos do Serviço de Emigração e Estrangeiros (SME), foi transformado em filme onde a TPA, por orientação do SINSE e do MINIT, vão elaborando e apresentar relatórios que causam dúvidas aos instrutores e assim como os formandos.
Segundo os instruendos, a peça publicada na TPA, no 18 de Dezembro, lida pelo instrutor Zero-Meia, “foi-lhe imposto a cumprir a ordem quando a Sra. porta-voz se fazia presente assistindo o filme sobre suposta descoberta de várias irregularidades como é o caso de pessoas criminosas e outras que não sabiam escrever e ler”.
O estranho é que, contam os instruendos, até o momento, ninguém apresentou o registo criminal e também não foram feitas as correções das provas para se confirmar de concreto a dificuldades de escrita, leitura ou mesmo registo criminal. “Como será que os senhores chegaram a este tipo de análise?”
Lista do MPLA para ingresso de militantes do partido no SME
A fonte aponta que, no dia 26 de Outubro de 2023, o Secretário do Bureau Político para Organização e Inserção na Sociedade do MPLA, Gonçalves Manuel Muandumba, terá enviado uma a lista de 25 elementos, entre homens e mulheres e, segundo os denunciantes, “estes continuam intocáveis”.
A fonte do SINSE esclareceu por um lado que, desde o dia 10 de Dezembro que através da Direcção-Geral do Serviços Penitenciários, “o senhor Ministro e Director do SME inserem seus camaradas do SINSE, MPLA e familiares no sistema das Finanças para ocupar as vagas das pessoas que querem afastar do curso, 7 meses depois de muito sacrifício de recruta, por pessoas que nunca saíram de casa”.
Clamor ao Presidente da República
Os visados pela a intervenção urgente do Titular do Poder Executivo, João Lourenço, tendo em atenção aquilo que entendem ser “injustiça”, que supostamente estão a viver no processo do SME.
“Presidente da República de Angola, aperta a ministra das Finanças Vera Daves, porque isto não aconteceu sem a anuência dela. Que ministra é essa que aceita tal injustiça?”, questionam.
Recorde-se que, o ministro do Interior, Manuel Homem, suspendeu a formação de mais de cinco mil recrutas que estavam a fazer o curso no Centro de Migração e Estrangeiro, em Viana, Luanda.