MINISTRO DO INTERIOR RESPONDE RÁDIO ANGOLA

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Garantindo não existir demissões no Serviço de Investigação Criminal (SIC), o ministro do Interior Ângelo de Veiga Tavares veio a público desmentir a informação por nós avançada no dia 20, segunda-feira, dando conta da exoneração do director nacional do SIC, comissário-chefe Eugénio Alexandre, que, segundo a nossa fonte, seria substituído pelo recém exonerado comissário-prisional principal António Fortunato, este nomeado director do gabinete jurídico do ministério do Interior.

O governante falava nesta terça-feira durante a cerimónia de apresentação do novo comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Eduardo Mingas, e outros membros nomeados. Na ocasião, Ângelo de Veiga Tavares disse haver “uma campanha activa de cidadãos que querem desestabilizar a sociedade através das redes sociais”, e acusou os órgãos de imprensa de servirem de “caixa de ressonância destas pessoas de má fé”. Para Tavares, 99 por cento das informações veiculadas nas redes sociais são falsas.

Enquanto “ataca” as redes sociais, vários internautas exigem também a sua exoneração do pelouro que ocupa desde 2012, substituindo Sebastião Martins. Ângelo de Veiga Tavares tem como marca do seu consulado os assassinatos extrajudiciais que têm ocorrido em plena luz do dia em várias localidades da capital do país e a detenção e tratamento degradante a que submeteu os 17 activistas do conhecido processo 15+Duas. Foi Tavares quem disse que, aquando da greve de fome, o activista Luaty Beirão havia adoptado um “comportamento diferente em relação aos alimentos”.

O elevado índice de criminalidade é outra referência do consulado de Ângelo Tavares. Quanto a este facto, chegou a afirmar, em Outubro, que a criminalidade em Luanda não é altíssima, logo, consta dentre as mais seguras do mundo.