Ministra das finanças nomeia sobrinho do Presidente da República para Direcção Nacional do Tesouro

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A ministra das finanças, Vera Esperança dos Santos Daves, nomeou recentemente por Despacho n.º 4043/20, Miguel Sérgio Lourenço Catraio para o cargo de Chefe do Departamento dos Encargos Centrais da Direcção Nacional do Tesouro, preenchendo, assim a vaga deixada pela académica Raquel Vanda Pires da Costa que ascendeu a Secretária Geral deste Ministério.

Segundo fontes do Club-K, Miguel Sérgio Lourenço Catraio, entrou para o ministro das finanças em 2018, pelas mãos do antigo titular Archer Mangueira, que fez dele Chefe da Secção das Operações Externas, do Departamento dos Encargos Centrais da Direcção Nacional do Tesouro gerando na altura suspeitas de ocorrência de favoritismo, por o nomeado ser filho de uma irmã do Presidente angolano.

As suspeitas de ocorrência de favoritismo, segundo dados do Club-K, eram apoiada no facto de o jovem ter acabado de regressar de França, onde estudou e ao ser admitido no ministério das finanças foi logo promovido a chefe de secção.

O Club-K, lembra que, a rápida promoção de Miguel Sérgio Lourenço Catraio, acontece num momento que a ministra Vera Daves promoveu como administradora executiva da BODIVA, filha do Chefe de Estado, Cristina Giovanna Dias Lourenço, que também ao ingressar para este ministério, em 2017, foi logo nomeada como Directora Geral-Adjunta da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projectos de financiamento externo.

De acordo com pesquisas, o ministério das finanças ainda não reagiu para a semelhança de Cristina Lourenço, enaltecer que a prematura nomeação de Miguel Lourenço Catraio, em menos de dois anos de casa, decorreu de um convite baseado na sua “capacidade de gestão demonstrada no processo de criação e implementação de uma unidade de estrutura do Ministério das Finanças”.

Há algumas semanas, o jornalista Nelson Francisco Sul chamou atenção sobre nomeações, em tempo recorde, de familiares do Presidente João Lourenço, lembrando que foi também assim que começaram as promoções aos membros da família do seu antecessor, José Eduardo dos Santos.

“Sabiam que para chegar a presidente do Fundo Soberano, Zenú dos Santos tinha sido antes administrador executivo?”, questionou Nelson Francisco Sul, aos internautas, recordando de forma irónica que “segundo as mesmas pessoas que defendem a nomeação de Cristina, Zenú dos Santos também era competente, porque tinha estudado numa das melhores universidades do mundo e vinha de uma subsidiária da Sonangol”.

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