Mantém-se o “clamor” dos mais de 5 mil ex-trabalhadores da ENDIAMA

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Mais de cinco mil antigos trabalhadores da companhia angolana de diamantes ENDIAMA continuam a manifestar o seu descontentamento face ao “silêncio” da direcção da empresa, que supostamente se recusa ao pagamento de uma dívida não quantificada aos ex-trabalhadores.

Jordan Muacabinza | Cafunfo

Em declarações à Rádio Angola os ex-trabalhadores da ENDIAMA exigem o pagamento de salários em atraso, indemnizações e subsídios vários, bem como enquadramento na Caixa de Segurança Social (CSS).

A situação surge depois da suspensão de projectos mineiros da ENDIAMA nas Lundas em 2009, na altura, explicam os antigos trabalhadores, houve compromissos que passados 10 anos não estão a ser cumpridos pela direcção da empresa, actualmente liderada por José Ganga Júnior.

Para forçar à satisfação dos seus direitos, os mais de cinco mil ex-trabalhadores têm realizado vários protestos em Luanda e nas Lundas, com vista a sua seja ouvida por parte das autoridades.

Entretanto, na última semana, centenas destes antigos trabalhadores saíram às ruas de Cafunfo e Cuango, manifestando o seu descontentamento perante o que consideram “injustiças cometidas pela direcção da ENDIAMA”.

O secretario da primeira comissão sindical dos ex-trabalhadores da ENDIAMA em Cafunfo, Ventura Camuto, disse que o processo de pagamento não foi “imparcial”, pois, na visão do sindicalista, “se a entidade empregadora tivesse a considerar que todos fomos trabalhadores, no mínimo pagaria de forma equitativa e não da forma em que foi feita, outros mais e outros menos”.

Ventura entende que a sua comissão deve ser respeitada “porque está munida de todos os processos, bem como tem advogados, por isso deve haver negociações para enquadrar trabalhadores na reforma, a fim de recuperar os esforços empregados nessa empresa que tanto produziu no país”, disse.

Aquele antigo trabalhador refere que, são mais de cinco mil nesta condição e que não foram pagos, pelo que precisam ser reformados.

Os antigos trabalhadores da ENDIAMA sustentam que, durante a vigência, a empresa foi supostamente dirigida por “corruptos e alguns indivíduos que nunca trabalhadores da instituição”, pelo que apelam aos órgãos de direito a investigarem a ENDIAMA, “pois há muitos fantasmas que devem ser responsabilizados criminalmente”.

“Pedimos ao governo no sentido de resolver a situação este caso e invitar assim fricções a nível do país, tendo em conta a moldura humana que se encontra no desemprego”, afirmam.

Recentemente, o presidente do Conselho de Administração da Endiama, José Ganga Júnior, respondeu aos manifestantes afirmando que já pagaram todas as indemnizações, mas deixou uma janela de esperança aos antigos trabalhadores.

“Quanto a indemnizações já foram pagas mediante um termo de quitação assinada pelos ex-trabalhadores, por isso não nos responsabilizamos por isso”, disse na ocasião, acrescetando estar pronto a dialogar com a mediação do Ministério da Admimnistação Publica, Emprego e Segurança Social.

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