LUCAS NGONDA: “ANGOLA PARA SER UM PAÍS DEMOCRÁTICO E DE DIREITO TERÁ DE SAIR DAS PRÁTICAS DO PARTIDO ÚNICO”

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O líder da FNLA, Lucas Benghy Ngonda, disse na sua declaração política à Assembleia Nacional que Angola para ser um país normal e consolidar um verdadeiro Estado Democrático e de Direito terá que sair das “velhas práticas do partido único”

Texto de Rádio Angola

Na sua declaração política, que antecedeu a discussão e aprovação na generalidade da Proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o ano fiscal 2018, Lucas Ngonda afirmou que “as práticas antigas do sistema do partido único que muitas vezes ainda se fazem sentir no país são de triste memória, estando numa nova era que possa inspirar confiança às gerações vindouras”.

Na apreciação que faz à proposta do OGE para 2018, o deputado da FNLA constatou que “neste orçamento, como nos anteriores, as Forças [da segurança] detêm a maioria da fatia orçamental”. Sem desprimor para a nobre missão das Forças Armadas, disse o presidente do partido dos “irmãos”, “temos de pensar que em tempo de paz as Forças Armadas têm outras missões que não exigem somas avultadas”.

“Angola não tem ainda Forças Armadas dotadas de produção industrial, nem sequer somos uma grande potência para espalhar missões em toda a parte do mundo”, argumentou.

O parlamentar da Frente Nacional de Libertação de Angola lamentou o montante inferior que se investiu no ensino, na agricultura, na saúde e noutros sectores chaves em comparação com a soma destinada às Forças Armadas.

Lucas Ngonda entende que, “para um país que tem de definir grandes prioridades no domínio do seu desenvolvimento, não é normal que as nossas Forças Armadas em tempo de paz tenham uma fatia do OGE como se estivéssemos a fazer preparativos para uma nova guerra”.

Oiça na Rádio Angola as declarações do deputado da FNLA Lucas Ngonda.

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