Luanda: Daniel Neto lamenta condições desumanas submetidas às camponesas da “Konda Marta” no 11 de Novembro

Compartilhe

Pelo menos três camponesas morreram recentemente, após a demolição das suas residências por uma força mista constituída por efectivos da Polícia Nacional (PN), Forças Armadas Angolanas (FAA), Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB) e Fiscais da Administração Municipal do Talatona, devido a disputa de hectares de terra entre supostos oficiais superiores com camponesas da empresa “Konda Marta”.

O facto foi revelado à imprensa pelo porta-voz da camponesas, Daniel Neto, posto em liberdade há duas semanas, sob termo de identidade e residência, após ter cumprido mais de sete meses de prisão preventiva.

O também Tenente Coronel das Forças Armadas Angolanas (FAA), as camponesas e as suas famílias, foram forçadas a viver uma “vida de indigência”, por parte de supostos oficiais superiores da Polícia Nacional (PN) e das Forças Armadas Angolanas (FAA), que segundo Daniel Neto, “impõe às vítimas” condições desumanas com a destruição das suas habitações, usando as forças de defesa e segurança, bem como instituições do Estado angolano para satisfazer os interesses pessoais.

“As camponesas estão mal, não têm sustento, ninguém lhes ajuda, estão sem abrigo, pois o quintal em que elas estavam de 500m², foi demolido, as casas também foram destruídas, inclusive as igrejas também foram demolidas”, relatou o responsável.

Neto acrescenta que “as senhoras estão mesmo em péssimas condições que deveria ser uma preocupação do próprio Estado, mas infelizmente, ninguém se preocupa com essa situação. De facto é muito triste o que se passa com essas mamãs”, lamentou.

O director-geral da Konda Marta esclarece que a empresa não enfrenta nenhum conflito fundiário com o Estado, o que existe. De acordo com o Daniel Neto, é um grupo de oportunistas, que usa o nome do Estado e das suas instituições (Administrações, PN, FAA, SIC e a PGR), para defender a usurpação dos terrenos da empresa desde 2016.

“É o que sempre tenho dito, nunca tivemos conflitos, pois muita gente quando ouve sobre conflitos de terrenos, pensam que nós temos problemas com o Estado ou com o Governo, não. É apenas uma confusão de um grupo de algumas pessoas ligadas ao Governo, estou a me referir de pessoas bem identificadas e que temos denunciado constantemente nos órgãos de comunicação social”, disse.

Daniel Neto reforça que “essas pessoas com poderes no Governo, continuam a maltratar aqui as camponesas indefesas, mas acredito que, com a saída do chefe da máfia, que é o próprio leão, acredito que as coisas vão voltar ao normal, já que existem instituições no país”.

O Tenente Coronel das Forças Armadas Angolanas (FAA), Daniel Neto, detido no dia 10 de Junho deste ano, foi posto em liberdade há duas semanas, sobre termo de identidade e residência, depois de ter expirado o prazo de prisão preventiva, que durou mais de sete meses, na Comarca de Viana, em Luanda.

CK

Radio Angola

Radio Angola aims to strengthen the capacity of civil society and promote nonviolent civic engagement in Angola and around the world. More at: http://www.friendsofangola.org

Leave a Reply