Jornalista da Rádio Ecclésia suspenso por ter denunciado venda de vagas no concurso público da IGAE

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Foi suspenso o jornalista Salgueiro Vicente, da Emissora Católica de Angola, por este ter denunciado numa reportagem, um suposto esquema de venda de vagas na Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), durante o último concurso público de ingresso para a IGAE.

Rádio Angola

Na reportagem difundida pelo Salgueiro Vicente nos serviços noticiosos da Rádio afecta à Igreja Católica, os candidatos reprovados denunciaram que, muitos tiveram notas altas, mas ainda assim foram reprovados.

Na peça, os entrevistados do jornalista Salgueiro Vicente referiam que, para conseguir a vaga de emprego na AGT, os interessados “são obrigados a desembolsar cerca de um milhão de kwanzas”.

Fontes apuradas por este portal, indicam que essa denuncia “não agradou” a presidente do júri, Rosa Micolo que terá “reclamado” aos bispos da Conferência Episcopal de Angola e São-Tomé (CEAST), que por sua vez, “pressionaram” ao padre Maurício Camuto, director da Rádio Ecclésia, que não teve outra saída a não ser a suspensão do jornalista.

Salgueiro Vicente já está suspenso dos trabalhos há uma semana. O director da estação não fala sobre o assunto, alegando que a questão está a ser tratado internamente pela direcção da Emissora Católica de Angola.

SJA não concorda com a suspensão do profissional

O secretário geral do sindicato dos jornalistas angolanos, Teixeira Cândido disse que a direcção da Ecclésia pode ter a sua legitimidade de agir de acordo com a Lei Geral do Trabalho, mas não concorda com a suspensão do profissional, porquanto “não vê as razões para a suspensão do jornalista”.

“Entendemos que não há razões para que a direcção da Rádio Ecclésia tomasse esta medida contra o colega”, disse Teixeira Cândido.

O sindicalista avançou que o SJA está atentamente a acompanhar o caso, por isso, já manteve um encontro com as partes, incluindo pessoas ligadas a Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE).

Oiça aqui na página da Rádio Angola as declarações de Teixeira Cândido:

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