IGCA nega envolvimento do ministro do Interior na usurpação de terrenos de camponeses – Empresa “Konda Marta” diz que conhece as manobras da instituição

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O Instituto Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA) considerou “falsa” a lista publicada pelo responsável dos camponeses da empresa “Konda Marta”, Daniel Neto, que envolve o nome do ministro do Interior, Eugénio César Laborinho, de supostamente fazer parte do “esquema” de usurpação de terrenos de camponesas do Distrito Urbano da Cidade Universitária, no município do Talatona, em Luanda.

A fonte citada pelo portal “Factos Diários”, o órgão afecto ao Ministério das Obras Públicas Urbanismo e Habitação, negou a veracidade do documento assinado no dia 29 de Abril de 2022, tendo esclarecido de não ter havido qualquer envolvimento do titular do Ministério do Interior, Eugénio Laborinho.

De acordo com a fonte do IGCA, o documento em posse da empresa “Konda Marta” e publicado em alguns órgãos de comunicação social, bem como nas redes sociais é alegadamente “falso”, pois contém “irregularidades, particularmente nas datas e as assinaturas”.

Empresa “Konda Marta” diz que conhece as manobras do IGCA

Reagindo às declarações de um dos responsáveis do Instituto Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA), cuja identidade não foi revelada, o director-geral da empresa “Konda Marta”, desvalorizou tais argumentos.

“Os maiores problemáticos desta novela são o comandante da Polícia Nacional do Talatona, Joaquim Osvaldo Dadinho de Rosário e o senhor Adriano Wacatala, responsável pelo cadastro”, disse.

Segundo Daniel Neto, estas figuras, que agem em nome do Estado para o benefício pessoal, usam o nome do ministro do Interior, Eugénia Labirinto, para “amedrontar as camponesas e sentirem-se protegidos nas suas acções enquanto invasores”.

O também Tenente Coronel das Forças Armadas Angolanas (FAA) lembrou que durante os anos que dura o conflito fundiário entre camponeses da “Konda Marta” e altas patentes das FAA e da Polícia, “a dupla Joaquim do Rosário e Adriano Wacatala, já demoliram quarenta residências das camponesas”.

“A construtora que fez as quarenta residências, é mais conhecida por dona Judith, esposa de um oficial da Polícia Nacional, a mesma, também viu as suas residências a serem demolidas sem ordem do tribunal, nem um embargo administrativo por parte do Governo da Província de Luanda”, afirmou.

Após as demolições, segundo ainda Daniel Neto, os supostos invasores “conseguiram erguer os seus condomínios na protecção de 35 patrulhas e polícias armados até aos dentes, alegando que o terreno pertence ao ministro do Interior”, contou.

O porta-voz dos camponeses do 11 de Novembro sustentou que “os invasores, usam sempre o nome do titular do Ministério do Interior, como prova viva ou seja, a chave da victória para apoderar-se das terras dos pactos cidadãos”, disse Daniel Neto, tendo argumentando que “estamos tranquilos e atentos, sobre as manobras desta instituição (IGCA)”.

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