Huíla: Aumentam indícios de pobreza e fome
Por VOA
Níveis de pobreza continuam a agravar-se um pouco por toda a Angola resultado da crise financeira agravada ainda mais pela pandemia do coronavírus.
De todo o país chegam notícias de pessoas a caírem na pobreza absoluta
Na província da Huíla estão a surgir de todos os lados quase que diàriamente relatos do aumento de grupos vulneráveis muitos deles com necessidades básicas até de alimentos.
O retrato da precariedade destes grupos que incluem deficientes físicos e famílias inteiras foi evidenciado num encontro no Lubango que juntou responsáveis municipais da acção social.
No município da Matala por exemplo, das cerca de 6.700famílias vulneráveis cadastradas até a data, 220 vivem em condições precárias, enquanto no Lubango mais de 2.000 famílias padecem do básico para sobreviver.
Venância Candeeiro da secção municipal da acção social do Lubango descreve um quadro sombrio dos grupos vulneráveis.
“ Temos pessoas que não têm até o que comer vêm a procura dos nossos serviços. Pessoas que têm dificuldade vão ao hospital lá passam as receitas e têm dificuldades de aquisição de medicamentos”, disse
Solidários com o sofrimento de algumas famílias carentes no bairro da Tchavola nos arredores da cidade do Lubango, funcionários de uma instituição bancária juntaram-se para levar ajuda, mas depois de constatar o nível de pobreza apelaram a sociedade a reagir.
“ Nesta área as pessoas precisam de muita ajuda nós vimos e fizemos aquilo que nos compete” disse um ds participantes para quem “as pessoas os empresários acredito, que conhecem esta área e sabem muito bem do número de pessoas que cá vivem que precisam mesmo de ajuda”.
Para o ativista social, Domingos Fingo, se a situação já era crítica, o quadro social nas comunidades veio a agravar-se ainda mais com os efeitos da pandemia de covid-19.
O também director executivo da Associação Construindo Comunidades, (ACC), pede políticas públicas claras para inverter a situação.
“ A insuficiência de produtos aliada a depreciação da moeda aliada a falta de água aliada ao próprio contexto que estamos a vivenciar hoje torna as famílias cada vez mais vulneráveis. Se efectivamente houver vontade política para a resolução do problema da água a nível nacional esse grau de vulnerabilidade vai reduzir substancialmente”, disse
O aumento dos grupos vulneráveis na Huíla acontece numa altura em que o governador, Luís Nunes, reclama para si várias acções para atenuar o sofrimento das populações.
“ Fizemos muita coisa em prol do bem-estar das nossas das populações. Cumprimos e fizemos cumprir as promessas eleitorais”, disse durante o empossamento de novos membros de seu governo nesta segnda-feira,31.