Habitantes de Cufunfo acusam General “Chiloya” de apropriação indevida do Complexo Turístico da vila diamantífera

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A população do sector de Cafunfo, município do Cuango, na província da Lunda-Norte, acusam um general do exercito identificado apenas por “Chiloya” de se ter apropriado de forma “indevida” do complexo turístico “Rainha Muana Cafunfo”, um patrimônio constituído com fundos do Estado, por isso, exigem que o mesmo “abandone” o imóvel com vista a beneficiar os habitantes da vila de Cafunfo.

Jordan Muacabinza | Cafunfo
Fonte: Rádio Angola

Segundo os ex-trabalhadores da ENDIAMA, no sector de Cafunfo, o general “Chiloya” “apoderou-s” do complexo turístico, que de acordo com eles, tinha sido construído pela ENDIAMA, quando a empresa pública operava na região.
Os denunciantes lembraram que, o complexo em causa, tinha sido erguido como espaço de lazer para os trabalhadores e a comunidade de modo geral, mas com o surgimento do conflito armado que assolara o país, aquela alta patente das Forças Armadas Angolanas (FAA) “apoderou-se de um bem que podia servir para toda a população de Cafunfo”.

À Rádio Angola, o antigo responsável da ENDIAMA para área de Recursos Humanos no município do Cuango, província da Lunda-Norte, acusou o general “Chiloya” de se ter apropriado do imóvel, construído com o dinheiro da exploração dos diamantes que para ele “é de todos os angolanos”.

A população exige do general para que “abandone a residência com vista a beneficiar os habitantes desta região, porque este é o único património e recordação que os antigos trabalhadores haviam beneficiado”.

Falando à reportagem da Rádio Angola em Cafunfo, os habitantes apontam o general de, alegadamente “beneficiado das duas residências por via das armas”, estando sob sua gestão a antiga “casa de transito actual pensão”, que “hoje é atribuída o nome de pensão do Chiloy”.

“Pedimos que o general deixe da residência tendo em conta a ausência de um centro infantil e ou escola superior no Cafunfo, pelo que apelamos à administração municipal do Cuango e ao Governo Provincial da Lunda-Norte, para que intervenha nesta situação antes que não seja convocada uma manifestação”, disse um dos ex-trabalhadores da antiga DIAMANG.

Os populares entendem que o espaço sob “gestão indevida do general Chiloya” deve estar sob a tutela do Estado para que seja construído no local escola, centro infantil ou mesmo centro de saúde que possa beneficiar a todos os cidadãos de Cafunfo e não só.

“Aqui precisamos de escolas, hospitais, centros de lazer, uma vez que o complexo em causa tem vindo a beneficiar os estrangeiros, deve sim beneficiar a população, tendo em conta as dificuldades de instituições de ensino no seio desta população”, disse Filisberta Sombo.

Desde Julho de 1994, ano em que as FAA retomaram a vila de Cafunfo que se encontrava sob o controla das forças da UNITA durante a guerra, que terminou em Fevereiro de 2002, o general “Chiloya”, ocupou o referido complexo turístico “Rainha Muana-Cafunfo”, tendo depois transformado em discoteca.

“Dado o tempo de permanecia no local, o general continuar até ao momento a explorar a seu bem prazer”, lamentou um dos moradores.

A Rádio Angola tudo fez no sentido de ouvir o general acusado, mas sem sucesso.

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