Governador de Luanda desobedece “ordens” da Presidência e ausentasse do Iº encontro nacional de angolanos na diáspora

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Manuel Homem, governador provincial de Luanda, está a ser apontado de ter “desobedecido” às orientações superiores da Presidência da República, ao furta-se no Iº Encontro Nacional com os Angolanos residentes na Diáspora, mesmo depois de ter sido notificado com antecedência pela organização do evento.

O governador da capital do país, segundo consta, foi convidado no dia 1 de Abril, para participar do encontro e transmitir uma mensagem de boas-vindas aos convidados, e demais presentes, mas de acordo com informações apuradas, antes do dia, o governador de Luanda, Manuel Homem optou por se ausentar de Angola e viajou com a sua família para Portugal, tendo “desobedecido” às orientações da Presidência da República.

No acto que deixou insatisfeito os organizadores do Iº Encontro Nacional com Angolanos Residentes na Diáspora, ficou patente, não só a ausência do governador provincial de Luanda, como também não delegou nenhum dos seus vice-governadores.

“A desobediência às orientações da Cidade Alta pode lhe causar a exoneração, pois não permitiu que os vice-governadores participassem no I° Encontro Nacional com Angolanos Residentes na Diáspora realizado no primeiro de Abril”, disse a fonte.

Entretanto, a fonte avançou que em forma de “desprezo”, Manuel Homem terá orientado a diretora da cultura, Tatiana Mbuta para levar a mensagem do Governo Provincial de Luanda, o que não caiu bem aos órgãos auxiliar do Presidente da República e, para corrigir o erro, João Lourenço sentiu-se na obrigação de receber as 14 delegações provenientes de 14 países para abordar de forma detalhada o país real.

Apesar de outras províncias fazer diferente, em Luanda, a Administração municipal de Luanda fez a recepção dos irmãos angolanos residentes no estrangeiro pagando o almoço de pratos típicos do país.

“Embora eloquente – afinal também é jornalista e Secretária para Informação da JMPLA em Angola –, Tatiana Mbuta foi além da mensagem de boas-vindas, e teve o atrevimento de declarar aberto o evento, como se tivesse sido o objectivo que a levou para lá.”, salientou a fonte.

Professor da Escola Trabalho e Luta, Pina N’dovale, numa publicação nas redes sociais, disse que “apesar de a metrópole angolana ter três vice-governadores, diferente dos dois de cada uma das outras 17 províncias angolanas, a organização e aos angolanos saídos do exterior não escaparam ao desprezo, arrogância e falta de respeito do GPL”.

“O bom é que o mestre de cerimónias prontamente situou os presentes, dando a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, já que lá estava o retórico Norberto Garcia, em representação do Presidente da República para a intervenção de abertura”.

Pelo que se pode acompanhar, disse Pina N’dovale, “a honra com que as delegações estão a ser recebidas, tratadas e acompanhadas nas outras províncias por onde estão a passar, indica como o GPL arrogou-se no cumprimento da parte que lhe coube. Nem mesmo no tempo do General Higino Carneiro, o 4X4, viu-se um GPL tão destemido, arrogante, ingrato e prepotente”.

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