Friends of Angola condena impedimento da viagem de activistas angolanos no aeroporto internacional

A organização não-governamental Friends of Angola (FoA) condena o comportamento dos Serviços de Migração e Estrangeiros (SME), que na noite de sábado, 20, impediu a viagem de três dos seis activistas, que pretendiam viajar para à República de Cabo-Verde para a troca de experiências em matérias sobre eleições autarquicas.

Rádio Angola

As razões apontadas não convencem os visados que falam em má fé das autoridades migratórias e das empresas que operam no aeroporto internacional 4 de Fevereiro.

Segundo consta, o grupo pretendia seguir viagem para a Ilha de Santiago, Cabo Verde, com escala a Lisboa, de 4 horas, pela transportadora portuguesa TAP, cujo propósito seria a realização de contactos para trocas de experiências sobre matérias de eleições autárquicas, numa iniciativa da organização não-governamental Friends of Angola.

Em entrevista ao portal Rádio Angola, o director executivo da FoA, Florindo Chivucute, disse que o impedimento dos activistas de saírem do país viola a Constituição da República de Angola.

Para Chivucute, a atitude dos serviços migratórios dá azo de que Angola é um não democrático, onde impera o autoritarismo em que as liberdades e direitos dos cidadãos não são respeitados.

“Os três jovens foram impedidos de sair de Angola, sem qualquer justificação legal, no convite feito pela Friends of Angola (FoA) para uma viagem de intercâmbio em Cabo Verde”, denunciou o também activista dos direitos humanos, considerando que “os direitos básicos e constitucional deste jovens foram violadas”.

Já, o activista cívico Kambolo Tiaka-TiakaEm afirmou que a culpa não vai morrer solteira, pelo que, para a reparação dos danos morais causados os activistas juntos do seu advogado vão intentar uma acção junto do tribunal com vista a exigir uma indemnização.

Foram impedidos de sair de Angola os activistas Kambolo Tiaka-Tiaka, Leví Alá Molowingui (Fernando Sakwayela), e Marinela (Mamba Negra) e que seguiriam viagem a Cabo-Verde em nome da Friends of Angola (FoA), uma organização dos direitos humanos em Angola, que defende a transparência e boa governação.