FILHO DO DIRECTOR DO SIC QUE ASSASSINOU AMIGO FOI LIBERTADO

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O filho do director-adjunto do Serviço de Investigação Criminal de Luanda (SIC),  Welliton Pederneira, de 23 anos, que disparou à queima roupa contra o seu amigo e vizinho Ricardo Ribeiro Asha, de 26 anos, na Vila Alice, no dia 20 de Novembro de 2016, em Luanda, está a ser visto nas ruas da cidade de Luanda e em festas, na sua zona de residência.

Fonte: Correio da Kianda

As aparições de Welliton, quer nas ruas, quer nas festas, bem como a intensificação da sua actividade nas redes sociais aumentam as suspeitas que se tinha na altura de uma possível impunidade no caso por ser filho de uma figura de proa na investigação criminal em Luanda.

Correio da Kianda apurou de fonte ligada ao processo que Welliton foi posto em liberdade um ano e meio após o assassinato do amigo sem que, para tal, segundo a fonte, fossem tornadas públicas, pelo menos no seio dos que têm intervenção directa no processo, as razões da sua soltura.

Adiantam ainda que o jovem, efectivo do Serviço de Investigação Criminal de Luanda, que utilizou a pistola do pai para o cometimento do hediondo crime, estará, neste momento, a tratar de um processo junto dos Serviços de Emigração e Estrangeiros para uma viagem ao exterior do País. A viagem, alega a fonte, visa apagar às pistas da ocorrência e fugir, assim, da justiça que por pressão social, no momento, viu-se obrigada a simular uma detenção, confirmada no momento pelo director provincial do gabinete de comunicação e imagem do MININT, Luanda, Mateus Rodrigues, em entrevista à Rádio Luanda.

Na sua entrevista, Mateus Rodrigues afirmara que, “independentemente de ser filho de um quadro sénior dos Serviços de Investigação Criminal, o jovem, também agente do mesmo órgão, iria responder pelos seus actos, uma vez que é um cidadão maior de idade” rematara o dirigente.

Recorda-se que Ricardo Ribeiro Asha tinha sido baleado pelas costas pelo  Welliton Pederneira, seu amigo de infância com quem estava a conviver que, segundo familiares, sem razões plausíveis. O facto aconteceu no distrito do Rangel, bairro Vila Alice, na madrugada de domingo, 20 de Novembro de 2016, em Luanda.

A liberdade que ninguém consegue explicar os seus termos está a deixar a família do malogrado com os nervos a flor da pele que se socorrem agora nos argumentos de que a justiça angolana enferma do vício do nepotismo e corrupção e, por isso, o jovem assassino se encontra em liberdade encoberto da influência do Pai em manobrar o Serviço de Investigação Criminal e a própria Procuradoria-Geral da República.

O Correio da Kianda contactou o porta-voz do MININT, Luanda, Mateus Rodrigues mas todos os esforços efectuados caíram em saco roto.

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