FAMILIARES DOS ACUSADOS DE ATENTAR CONTRA BONITO DE SOUSA DENUNCIAM MANIPULAÇÃO

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Cinco cidadãos de nacionalidade angolana foram detidos, em Luanda, ao fim da tarde de sábado, 3, por agentes da Polícia Nacional e da Unidade de Guarda Presidencial (UGP) sob acusação de “tentativa de assassinato” ao vice-presidente da República, Bornito de Sousa.

Texto: Rádio Angola

O facto ocorreu por volta das 17h de sábado quando Baião Conceição Mendonça, 54 anos, natural de Malanje, Pedro Afonso Miguel, 35 anos da província do Uíge, Nelito Kambariu Tungunu, 44 anos, do Cuanza-Sul, Domingos João Kaputo, 37 anos, natural de Malanje e Morais Joaquim Muxibi, 52 anos, da província de Malanje, a bordos duma viatura de marca Mitsubishi, modelo L-200, com o material de construção civil, deslocaram-se até a zona do “Jardim de Rosa”, no município de Belas, em Luanda.

O propósito, segundo contam os familiares, era para chegar ao local onde devia se fazer o enchimento, no período da noite, de uma placa de betão numa das residências em construção, e, enquanto aguardavam por uma orientação, o grupo terá estacionado a viatura que os transportava no passeio do condomínio “Jardim de Rosa”, por sinal onde vive o vice-presidente da República de Angola, Bornito de Sousa.

No local, foram interpelados por militares da UGP e Polícia Nacional, que terão feito a revista na viatura contendo o material de construção civil. A Rádio Angola apurou juntos dos advogados de defesa que, após a interpelação e ter sido vasculhada a viatura, foi retirado ao motorista a sua documentação (BI e carta de condução) e a da viatura, alegadamente por ter estacionado num local “inapropriado”.

Ao que se seguiu, contam os familiares, foram trocas de palavras entre o motorista da viatura e os militares afectos à Unidade de Guarda Presidencial (UGP), tendo os agentes da Polícia Nacional exigido aos demais ocupantes da carrinha a descer da mesma para a revista e depois foram levados a uma esquadra móvel.

Os familiares dos detidos afirmam que, por altura da revista da viatura em que seguiam os cinco, “só tinha mesmo o material da obra e mais nada, como é que depois de serem levados na esquadra voltaram no carro e dizem que encontram lá uma arma de fogo. Quem a colocou?”, questionam.

As famílias sublinham que não faz sentido a acusação que pesa sobre os seus parentes, e advogam que a suposta arma de fogo do tipo AKM-47 foi, no entendimento das famílias, introduzida na viatura por agentes de segurança, minutos depois de os detidos terem sido levados à uma esquadra móvel da Polícia Nacional com o propósito de incriminá-los.

Oiça mais as declarações de algumas das famílias na página da Rádio Angola. 

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