FAMILIARES ACUSAM MINISTRO DO INTERIOR DE PROMOVER “ASSASSINOS” DE JOÃO DALA

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Os familiares do homem falecido em setembro de 2018 no Hospital Central de Malange, depois de ter sido” barbaramente torturado” em Luanda, por supostos efectivos do Serviço de Investigação Criminal (SIC), aquando da sua detenção em 2015 por suspeita de envolvimento no alegado rapto do ex-pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Daniel Cem clamam por justiça e acusam o ministro do Interior, Angêlo da Veiga Tavares de promover os agentes implicados na tortura de João Alfredo Dala.

Rádio Angola

De acordo com os familiares, João Alfredo Dala foi torturado até o deixarem mutilado alegadamente por alguns dos principais chefes do SIC, durante 15 horas seguidas, para o obrigarem a repetir, em vídeo, uma confissão que lhe tinham preparado. Em denuncia dias antes da sua morte, Dala relatou que o então pastor Daniel Cem e familiares seus também torturaram-no na 48ª Esquadra da Policial Nacional, em Viana.

João Alfredo Dala, juntamente com os pastores Teixeira Mateus Vinte, Adão Dala Hebo, Passmore Hachalinga, Burns Sibanda e o outro membro Garcia Dala, foram julgados e condenados pela 13ª Secção dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, localizado no Golfe2, município de Kilamba-Kiaxi, as penas de um a cinco anos.

Entretanto, o colectivo de juízes da 1ª Câmara Criminal do Tribunal Supremo, analisou o processo e constatou que o juiz da causa António Francisco cometeu várias irregularidades, e que os crimes pelos quais foram pronunciados e condenados em primeira instância não ficaram provados, por isso, absolveu todos os réus, incluindo o homem morto.

Anita Alfredo Dala, irmã mais velha do malogrado disse à Rádio Angola que os presumíveis assassinos do seu irmão continuam impunes e alguns dos quais promovidos de categórias pelo actual ministro do Interior, Angêlo da Veiga Tavares.

Lusia Dala, esposa do malogrado advoga que, desde a morte do marido, a vida da sua família tornou-se num autêntico calvário para sustentar os sete filhos deixados pelo João Dala.

Oiça aqui na página da Rádio Angola o clamor dos familiares de João Alfredo Dala:

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