Ex-governador da província do Uíge Mpinda Simão infectado com Covid-19
O internamento, para tratamento de Covid-19, de Mpinda Simão, antigo governador do Uíge, vai provocar a realização de testes em massa a membros da elite política angolana.
Segundo o Correio Angolense, o ex-governador Mpinda Simão foi admitido na clínica Girassol em Luanda nos últimos dias e os testes a que foi submetido confirmaram que está infectado com o coronavírus.
De acordo com o CA, o levantamento dos contactos que ele teve nos últimos dias indica que esteve na última reunião do Bureau Político do MPLA, realizada a 30 de Junho.
Esta reunião foi conduzida pelo presidente do MPLA, João Lourenço. Entre os membros do Bureau Político do MPLA figuram membros do Governo, Deputados, Governadores provinciais, secretária-geral da OMA, o Primeiro Secretário Nacional da JMPLA e outros.
Com isto presente, o rastreio pode vir a abarcar mais de 1000 pessoas.
Correio Angolense apurou de fonte médica que, para já, a “convocatória” vai abranger pessoas do primeiro escalão do MPLA, nomeadamente os membros do secretariado do BP, assim como os seus escoltas e motoristas. Cônjuges e dependentes virão a seguir se se confirmar que os “cabeças de família” acusaram positivo.
A ocorrência de novos casos de coronavírus, confirmados nos últimos dias pela Comissão Multissectorial, deverá levar o Governo a impor, de novo, restrições que tinham sido removidas, após o levantamento do Estado de Emergência. Na verdade e ao contrário do que se esperava, as igrejas não foram reabertas. As escolas, sobretudo públicas, por revelarem mais dificuldades em se adequarem aos requisitos para a reabertura, não deverão reabrir.
Na conferência de imprensa do último domingo, a ministra da Saúde admitiu a possibilidade de recuo no desconfinamento. O número elevado de pessoas em festas, restaurantes e em zonas de recreação tais como pedonais tem inspirado a reflexão sobre o que se está a fazer.
“Estamos a ver muita gente sem máscaras faciais e outras pessoas com as máscaras colocadas no queixo e sem querer manter o distanciamento recomendado pelas autoridades sanitárias”, disse Sílvia Lutukuta.