Empresa de segurança em Cafunfo acusada de abandonar garimpeiro depois de baleado
Os familiares do jovem Pedro Casseno, 29 anos, acusam a direcção da empresa de segurança privada “Kadiapemba” de abandonar o ferido que foi transferido para a capital do país, em função da gravidade provocado por disparo feito a queima-roupa, por um dos agentes de segurança da mesma instituição que protege uma das minas de diamantes em Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda-Norte
Texto de Rádio Angola
Segundo Ndongo Zinha Muaxinó, irmã mais velha da vítima, tudo aconteceu no dia 10 de Junho do ano em curso, quando Pedro Casseno, em companhia dos seus colegas de garimpo, deslocou-se à localidade de Bula a procura de cascal com o objectivo de encontrar algum diamante, já que a população local sobrevive do garimpo.
Postos no local, diz a entrevistada, os jovens foram surpreendidos com disparos a queima roupa feitos pelos seguranças da empresa “Kadiapemba”. Ndongo Zinha Muaxinó, conta que um dos disparos feitos pelo agente de segurança que responde pelo nome de Manuel João Simão, atingiu o seu irmão Pedro Casseno, que fraturou a perna direita.
Em declarações à Rádio Angola, a irmã do jovem que ficou gravemente ferido, disse que for falta de condições medicas no hospital geral de Cafunfo, o doente foi transferido para à capital do país a 14 de Junho, tendo sido internado no hospital Josina Machel vulgo “Maria Pia”.
A cidadã lamenta que a empresa “Kadiapemba” que tem a sua sede em Luanda, não está a “fujir das suas responsabilidades em não prestar apoio ao paciente tão pouco aos familiares que acompanham o doente.
“Eles só deram 50 mil kwanzas que colocaram o gesso de forma improvisada e 90 mil de passagem até aqui em Luanda, e quando chegamos no hospital Maria Pia, já não querem saber do doente e nem atendem os telefones”, lamentou.
A cidadã que acusa a direcção da empresa de furtar-se das suas responsabilidades descreve que acções do gênero têm sido recorrentes por parte das empresas privadas que asseguram as zonas de diamantes em Cafunfo, município do Cuango, na Lunda-Norte.
E, Carlos Filipe, outro irmão mais velho da vítima, visivelmente insatisfeito com a situação, afirmou que estão abandonados pela empresa “Kadiapemba” e por falta do local de alojamento os familiares num total de cinco, que saíram de Cafunfo para tomar conta do ferido têm passados as noites ao relento.
A Rádio Angola tentou o contacto com a direcção da empresa em causa, mas sem sucesso.
Oiça aqui na página da Rádio Angola o clamor da família do jovem atingido a tiro por um dos seguranças da empresa “Kadiapemba”: