ESTUDANTES MARCHAM CONTRA “GASOSA” NAS ESCOLAS PÚBLICAS

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Um grupo de estudantes e activistas cívicos convocou para sexta-feira, 26/01, uma “marcha de repúdio” contra ao que considera à prática da cobrança da “gasosa” no acto de matrículas nas escolas do ensino público

Texto de Gonçalves Vieira

A “marcha de repúdio” ao fenómeno “gasosa” (acto de corrupção) nas escolas públicas do país acontece por volta das 12 horas de sexta-feira, 26, defronte às instalações da Direcção Provincial da Educação de Luanda, com a partida frente ao cemitério de Santa Ana, sob lema: “Basta à gasosa escolar a partir de 2018”.

Em declarações a Rádio Angola, o grupo de estudantes promotora do protesto advogou que o propósito da marcha é chamar a atenção das autoridades competentes, pais e encarregados de educação no sentido de se pôr fim à cobrança da “gasosa” nas instituições escolares do Estado.

O estudante Donito Cardoso, um dos organizadores da marcha, afirmou que a cobrança da “gasosa” é uma prática de corrupção, por isso tem noção que constitui crime de acordo com a legislação angolana.

O também activista cívico diz que para a realização da “marcha pacifica”, em obediência ao artigo 47.º da Constituição da República de Angola (CRA), foram cumpridos todos os procedimentos legais exigidos por lei, dando a conhecer às autoridades, nomeadamente o Governo Provincial de Luanda (GPL), por isso o grupo espera que os “marchantes” tenham a protecção da Polícia Nacional durante o acto.

“É preciso chamar atenção da sociedade para o facto de, numa nova era, uma nova República e um novo presidente o país manter-se com as mesmas práticas de corrupção”, disse o jovem insatisfeito.

Helder Ribeiro Isaac, um dos subscritores da carta entregue ao GPL, avança que a marcha vai partir do “cemitério da Santa Ana” até ao “largo das Escolas”, defronte à Direcção Provincial de Educação de Luanda, e ao mesmo tempo lamenta a prevalência do fenómeno da “gasosa” nas escolas públicas.

Filipe Pascoal Sakuande, outro subscritor da pretensa marcha, sublinhou que os participantes devem usar batas brancas já que é o uniforme usado pelos estudantes, acrescentando que na ausência de bata os aderentes podem vestir qualquer roupa desde que seja de cor branca.

No entanto, na carta entregue ao gabinete do Governador Provincial de Luanda e a qual a RA teve acesso, os subscritores entendem que, “dada a disseminação do fenómeno ´gasosa´ que tem vindo a proliferar-se em muitos âmbitos, e com particular destaque na educação, leva um grupo de jovens académicos de diversos níveis de ensino a criar uma marcha de repúdio a este fenómeno”.

Oiça no site da Rádio Angola as declarações dos organizadores da marcha.

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