Director da Friends of Angola em julgamento no Tribunal de Luanda depois passar noite algemado na 4ª Esquadra da Polícia
O director executivo da Friends of Angola (FoA), Florindo Chivucute começou a ser julgado nesta quarta-feira, 28 de Agosto, no Tribunal Provincial de Luanda “Dona Ana Joaquina”, em Luanda, por alegado crime de desobediência.
Segundo o O Decreto, o facto aconteceu quando o activista dos direitos humanos tentava filmar um acto de agressão feito contra si por agentes da Polícia de Trânsito, Serviço de Investigação Criminal (SIC) e do Departamento de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP), junto da 4ª Esquadra da Polícia Nacional.
As autoridades alegam que o director executivo da FoA, Florindo Chivucute teria cometido uma infracção de trânsito (estacionamento em lugar supostamente proibido), tendo de seguida ser agredido, ameaçado e carregado à força até à 4ª Esquadra, onde passou a noite algemado à uma cadeira.
Na sessão de hoje, ficou visível que este caso parece estar a assumir uma dimensão política, especialmente à luz dos importantes trabalhos que a Friends of Angola (FoA) tem desenvolvido em prol da sociedade civil e dos direitos humanos no país.
Fontes que acompanham o processo, adiantaram que, o juiz do processo não levou em consideração as declarações do agente da polícia regulador de trânsito, que disse claramente que Florido Chivucute, no momento da abordagem não apresentou nenhuma resistência nem desobedeceu os efectivos em serviço.
O responsável de projectos da Friends of Angola, Pedro Gonga apelou “a solidariedade com o Florindo Chivucute e com a missão da nossa organização, apelamos o vosso máximo apoio e se possível, a vossa prestigiosa presença na sessão de julgamento no Tribunal Dona Ana Joaquina”, refere em nota.
“A vossa presença é fundamental para demonstrar o nosso apoio e compromisso com a justiça, democracia e a transparência”, reforça.
A Friends of Angola, com sede em Washington, Estados Unidos de América (EUA) está reconhecida pelo Estado americano e com estatuto consultivo no Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ONU).
É uma organização sem fins lucrativos cuja acção centra-se na defesa dos direitos humanos, promoção da transparência e boa governação.
O Decreto