“Detenção e prisão dos activistas de Cabinda tem motivações políticas”, afirma Dito Dalí

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O coordenador da Associação Cívica “LAULENU”, organização defensora dos direitos humanos na província do Moxico, entende que, o processo que levou a detenção e prisão dos oito activistas do Movimento Independentista de Cabinda (MIC) é na sua visão “ilegal e tem motivações políticas”.

Rádio Angola

Benedito Jeremias, também conhecido nas lides do activismo como “Dito Dalí”, disse em exclusivo à Rádio Angola que, por se tratar de um processo com motivações políticas, “atenta contra o Estado Democrático e de Direito em Angola”.

Para o activista condenado no conhecido processo “15+2” e amnistiado pela justiça, “se as autoridades do enclave consideram a província de Cabinda como parte integrante de Angola”, a sua acção, segundo Benedito Jeremias, “deve fundar-se na legalidade, de acordo com a Constituição da República de Angola, em que as liberdades de expressão e manifestação, devem ser respeitadas”.

“Se o Estado Angolano submete-se à Constituição, por que é que os activistas foram detidos, se a constituição dá o direito à manifestação?”, questiona o activista.

À RA, “Dito Dalí” pensa que, o Estado Angolano precisa priorizar o dialogo com o povo de Cabinda, “para que se encontre um denominador comum”, uma vez que, segundo o responsável da Associação LAULENU, “estes activistas não são os únicos na história de Cabinda a reivindicarem pela autodeterminação dos povos”.

Benedito Jeremias que aderiu à “campanha virtual” da organização não-governamental Friends of Angola (FoA), que “exige a libertação incondicional dos oito activistas do MIC”, apela ao Presidente da República, João Lourenço, no sentido de “orientar a libertação dos jovens do Movimento Independentista de Cabinda”, já que, disse Benedito Jeremias, “as ordens de detenção partem dele”.

“Dito Dalí” espera por uma união todos para a libertação dos oito activistas do MIC, por considerar que “não cometeram nenhum crime, pois, nem sequer chegaram de realizar a própria manifestação”, considerou o activista.

Oiça aqui na página da Rádio Angola a entrevista de Benedito Jeremias “Dito Dalí”, responsável da Associação Cívica LAULENU:

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