DELEGADOS RECLAMAM PAGAMENTOS DE SUBSÍDIOS À COMISSÃO ELEITORAL DE KILAMBA KIAXI
Um grupo de delegados que trabalhou nas mesas de assembleias de voto nas eleições gerais de 23 de Agosto de 2017, na Comissão Municipal Eleitoral (CME) do Kilamba Kiaxi, reclama o pagamento dos seus subsídios, cinco meses depois, mas a instituição desmente dizendo que o processo do pagamento está em curso.
Segundo denúncia feita por um dos lesados, que falou sob anonimato, por temer eventuais represálias, estão nesta condição mais de 50 delegados, e a direcção da CME desta circunscrição promete resolver o caso, mas até ao momento ainda não o fez.
A fonte deste jornal informou ainda que durante este período os lesados contactaram a direcção por três vezes, e no último contacto terão recebido garantias de que o pagamento seria feito no mês que ontem terminou.
Avançou que a situação está a provocar uma onda de indignação no seio dos delegados, que acusam a Comissão Municipal Eleitoral de má-fé.
“Somos jovens desempregados, aproveitamos esta oportunidade para podermos realizar um trabalho e no fim sermos recompensados, mas infelizmente está-se a ver incumprimento por parte do contratante”, deplorou a fonte.
CNE promete pagar
Entretanto, uma fonte próxima da Comissão Provincial Eleitoral (CNE) de Luanda, assegurou a OPAÍS que o processo de pagamento aos delegados da CNE que trabalharam nas assembleias de voto contínua, caso haja alguma reclamação podem dirigir-se às comissões municipais.
“Nem que for para pagarmos até ao dia 31 de Dezembro deste ano, vamos pagar a todos os que trabalharam para nós”, garantiu. Acrescentou que as únicas pessoas que ainda não foram pagas são aquelas que não apresentaram o número de contas do Banco de Poupança e Crédito (BPC) solicitada para efeito de pagamento. Disse ainda que tem estado em sintonia com os municípios mas o problema é que muitas pessoas atrasaram-se em fazer chegar os dados solicitados, e alguns destes pretendem denegrir o bom nome da instituição e criar uma certa pressão.
A fonte referiu que alguns presidentes das assembleias de voto estão a fugir aos seus serviços porque não devolveram
o equipamento (os tabletes) que lhes foi entregue para o controlo da logística eleitoral. Salienta-se que nas eleições gerais de 23 de Agosto de 2017, ganhas pelo MPLA, e pelo seu candidato, João Lourenço, a Comissão Municipal Eleitoral do Kilamba Kiaxi, controlou 167 assembleias de voto e 750 mesas.
Cada mesa era constituída por cinco membros, sendo um presidente, um secretário e três escrutinadores.
Fonte: OPaís