Cidadão gambiano nega ser dono de 161 pedras de diamantes apreendidas pelo SIC

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A comunidade Islâmica de Angola (CIA), residente na vila diamantífera de Cafunfo, no município do Cuango, na Lunda-Norte, manifesta-se insatisfeita com informações “infundadas”, que dão conta que, um dos seus membros – cidadão da Gâmbia, identificado apenas por Bebucho, tenha sido encontrado em sua posse com 161 pedras de diamantes, pelos Serviços de Investigação Crimanal (SIC-Cuango).

Jordan Muacabinza
Fonte Rádio Angola

Na semana passada, o Comando Provincial da Polícia Nacional na Lunda-Norte anunciou publicamente que o Serviço de Investigação Criminal (SIC) no município do Cuango, apreendeu 161 pedras de diamante de um cidadão estrangeiro de nacionalidade gambiana.

O facto foi avançado pelo chefe de Departamento de Estudos, Informação e Análise do SIC da Lunda-Norte, sub-inspector Veríssimo Pandamar.

De acordo com Pandamar, os referidos diamantes, ainda por avaliar, foram encontrados na posse de um cidadão gambiano de 39 anos de idade. Os especialistas do SIC encontraram as supostas “jóias” camufladas num aparelho de ar condicionado.

Esse aparelho estava instalado no interior de uma casa de compra e venda ilegal de diamantes que tinha sido encerrada no ano passado, no âmbito da ‘Operação Transparência’, refere a corporação.

Também segundo a mesma fonte, as pedras, cuja originalidade deve ser confirmada em laboratório, vão ser, nos próximos dias, entregues à Comissão de Arrolamento de Meios Apreendidos do Posto Comando Avançado da ‘Operação Transparência’, sediada em Malanje, a título de fiel depositário.

O cidadão gambiano, que está a ser acusado do crime de posse e tráfico ilícito de diamantes, já foi constituído arguido pelo Ministério Público e a pena aplicada foi a medida de coação pessoal de prisão preventiva.

Comunidade islâmica em Angola “desmente” informações do SIC

Membros afectos à comunidade islâmica em Angola consideram “infundadas” as informações postas a circular pelos Serviços de Investigação Criminal (SIC) sobre a apreensão de 161 pedras de diamantes, alegadamente com um dos seus membros.

À Rádio Angola, a CIA os diamantes apreendidos pelas autoridades “não pertencem” ao cidadão gambiano, pelo que consideram ser “acusações falsas pelos efectivos do SIC-Cuango”.

“Nós aqui estamos num país alheio e temos de cumprir às ordens do governo, estar nas zonas de garimpo estamos, mas não é para arranjar dividendo para sujar a imagem de qualquer um de nós, e isto podemos entender de serem perseguições por parte da polícia”, disse um dos membros da Comunidade Islâmica em Angola.

Entretanto, a Rádio Angola ouviu o cidadão gambiano, que está ser acusado como sendo o proprietário das 161 pedras aprendidas pelo SIC, no acto da “Operação Transparência”. Em exclusivo à RA, o cidadão em causa afirmou que os diamantes não são seus e fala em perseguição.

“As pedras não são minhas, estou ciente que são perseguições do investigador Vadinho, porque essa é a terceira vez que me imputa acusações falsas e nunca me encontrou com diamantes, mas ele luta a todo custo para sujar o meu nome perante as autoridades que regulam as leis e as entidades locais”, disse.

O cidadão sustentou que na sua casa não foi encontrada “nenhuma pedrinha, tudo isto esta sendo feito para o investigador em causa ganhar relações profundas com os seus responsáveis que lhe orientam”.

“Eu sou gambiano, tenho mulher e filhos angolanos, pelo que tenho o direito de respeitar as orientações do governo angolano, de tal maneira que, os angolanos também cumprem outros países do mundo, referiu.

O cidadão gambiano lembrou que, o “chefe Vadinho, nos primeiros meses da operação transparência me fez outra acusação falsa e que o caso teve que parar em Luanda ao Procurador-Geral da República e, é o mesmo que volta a me acusar falsamente, mostrando pedras que não foram encontradas em minha posse”, disse.

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