CIDADÃO ESPANCADO ATÉ A MORTE EM LUANDA
Paulo da Silva, integrante da comunidade Rasta Faray, foi encontrado morto no dia 14 de Novembro, na rua da Cela, bairro Nelito Soares, distrito urbano do Rangel, Luanda. Os sinais de espancamentos deixaram assustados os moradores da referida zona. Para além do espancamento que causaram ferimentos, o cabelo característico dos rastas lhe foi cortado.
Como a RA noticiou no dia 20, segunda-feira, membros da comunidade manifestaram-se defronte o comando provincial da Polícia Nacional em Luanda. O resultado da autopsia realizada atesta que Paulo morreu por doença de tuberculose. Confrontados com os sinais de espancamento e ferimentos e, por isso, a necessidade de se instaurar um processo de investigação sobre a real causa da morte, os agentes da terceira esquadra, no bairro Vila Alice, alegaram terem conhecimento de que Paulo era “bandido”.
Foi preciso muita insistência para ser aberto um processo que visa apurar a causa da morte do rasta Paulo. Os familiares e vizinhos do malogrado dizem conhecer os indivíduos que o espancaram, entretanto estes permanecem em liberdade e circulam pelos arredores sem quaisquer receio.
“Uma vez que os agressores são nossos vizinhos, e visto que a família até tem feito os possíveis para não retaliar, parece que as autoridades é que estão a incentivar uma revolta. Como é que um crime de homicídio, passado uma semana, os indivíduos continuam aí a passear?”, questiona um familiar no vídeo cedido pelo activista Carbono Casimiro que aqui divulgamos.
Os familiares pretendem realizar vigílias defronte a residência dos alegados assassinos como forma de pressionar as autoridades a cumprirem com a sua tarefa, e adiantam que as farão pacificamente até que haja resolução da situação. A comunidade Rasta Faray garante também envolver-se nas acções pacíficas para ver esclarecida a morte do seu membro e seus responsáveis julgados e condenados.