CHUVAS “DECRETAM TOLERÂNCIA DE PONTO” NA CIDADE DE LUANDA
As chuvas que se abateram nesta madrugada, 28, sobre Luanda, forçaram uma tolerância de ponto não oficial por parte de muitos funcionários públicos e privados que foram obrigados a não se deslocarem aos seus postos de trabalho devido às cargas pluviométricas fortes que toda a cidade recebeu.
Texto de Simão Hossi
As cargas pluviométricas começaram a cair fortemente às 4h:40min e terminarão por volta das 9h. Em Luanda tem chovido constantemente nos últimos dias, sendo que cada vez que cai traz os seus estragos materiais. Centenas de residências inundadas, quintais alagados, ruas submersas, até pontes destruídas, para além das perdas humanas, têm sido o balanço das autoridades governamentais.
Mas a chuva desta madrugada, para além dos trabalhadores, alunos do ensino fundamental também foram afectados, com as inundações de várias escolas, impossibilitando assim os alunos e professores de estarem nas salas de aulas.
Ainda sobre os estragos destas chuvas, apontamos a destruição parcial da ponte que liga o bairro e mercado do Malweka ao bairro e mercado do Kikolo. Populares afirmaram à nossa reportagem que se a administração municipal do Cazenga não intervier com urgência a falta de ligação será total, tanto para automóveis, quer para cidadãos. Os moradores mostraram-se preocupados com a situação e apelam uma intervenção urgente das autoridades visto que é a única linha de ligação com os mercados Kwanzas, Imbondeiro e Kikolo, para além de outros bairros.
Os dados provisórios do Comando Nacional de Proteção Civil e Bombeiros indicam a morte de três menores.
De recordar que as chuvas trazem consigo mais doenças pelos problemas de saneamento que acrescenta ao estado precário da cidade capital. A chuva, fenómeno natural, tem servido de verdadeira fiscal para as políticas de construção do Executivo, uma forma para descobrir a falta de capacidade do governo de João Lourenço em garantir um bom saneamento básico e mostra toda a incapacidade em gerir uma cidade que tem como governador André Mendes de Carvalho.