Cabinda: Movimento Independentista diz que “assinala 48 anos de uma independência confiscada”

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Hoje é um dia histórico para os cabindeses, porque, há 48 anos foi proclamado  unilateralmente a independência de Cabinda, pelo então presidente da FLEC-FAC, Luís Ranque Franque, bem no auge da descolonização dos territórios e povos africanos (em realce as colónias portuguesas), em Kampala-Uganda, na cimeira da OUA (Organização de Unidade Africana) muito antes da proclamação da independência angolana em Novembro do mesmo ano “1975”, após a invasão e a consequente anexação ilegal de Cabinda à Angola.

Portugal em conluio com os movimentos de libertação de Angola e as potências mundiais agiram articuladamente para que o direito dos cabindeses não vincasse, mesmo com o apoio incondicional de alguns países africanos infelizmente sem capacidade de influenciarem na mudança da política mundial; a máfia política ocidental acabou por prevalecer  e, à ONU não foi tido nem achado perante a essa injustiça descabida e refutável que até aos dias hodiernos continuam a não fazer nada para definir este conflito que continua a ceifar vidas humanas e enormes perdas de bens materiais, impedindo deste jeito o progresso económico e social dos cabindeses.

As potências mundiais continuam a tapear e a sonegar a verdade sobre a questão de Cabinda por causa dos recursos naturais que esses têm vindo a explorar ilegal e desenfreada juntamente com o regime neocolonial angolano.

A República de Angola na sua Constituição “ponto 2 do artigo 12°” advoga  defender a abolição de toda forma de colonialismo, agressão, opressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, mas, é o mesmo que explora, persegue, aprisiona, tortura e assassina os cabindeses que não aceitam a ocupação desse, impávida nem democraticamente.

O silêncio das Nações Unidas constitui uma encruzilhada da paz e à segurança internacional que diz ser apologista.

A questão de Cabinda continua ser um motivo de vergonha para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a ONU, União Europeia e a União Africana por serem desonestos e ao insistirem em soluções humilhantes e injustas na resolução do conflito que opõe  Cabinda e Angola e, apelamos aos Estados-membros das Nações Unidas e a comunidade internacional em geral a reconhecerem sem reservas que Angola e Cabinda são territórios distintos e que nada pode impedir para a realização do referendo de autodeterminação de acordo a Resolução 1514 da AGNU.

“Se o homem falhar em conciliar a justiça e a liberdade, então falha em tudo”.

Cabinda, Tchiowa, aos 01  de Agosto de 2023

O PRESIDENTE

Eng. Carlos Manuel Cumba Vemba

Radio Angola

Radio Angola aims to strengthen the capacity of civil society and promote nonviolent civic engagement in Angola and around the world. More at: http://www.friendsofangola.org

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