BOLSEIROS DA SONANGOL SEM SUBSÍDIOS HÁ DOIS ANOS

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Mais de 200 estudantes bolseiros pela petrolífera estatal Sonangol estão há mais de dois anos sem receberem os respectivos subsídios previstos no contrato.

Texto de Rádio Angola

Afectos à Academia Sonangol, responsável pela atribuição das bolsas, há dentre os estudantes quem nunca tenha assinado sequer o indispensável contrato onde se prevê a atribuição de um subsídio de subsistência à formação. Várias vezes solicitaram esclarecimentos à entidade referida mas sem sucesso.

Este subsídio, nos termos do contrato, serve para o transporte, manuais escolares e outros materiais de apoio aos respectivos cursos. Não usufruindo, os bolseiros têm custeado os aspectos salientados com fundos próprios pois Wa Sonangol pelo menos paga as mensalidades”.

“Muitas vezes nos sentimos obrigados a passar todo dia na faculdade com fome devido aos trabalhos e relatórios das aulas práticas que temos que elaborar”, lamentam.

Repartido em três modalidades, os contratos variam de um mínimo de 250 dólares ao máximo de 500 dólares de subsídio mensal pagos durante dez meses, que corresponde ao ano académico. Desta forma, a Sonangol deve 20 meses de subsídios aos estudantes.

Alguns estudantes já concluíram os respectivos cursos sem auferirem os devidos subsídios. Este grupo também continua a exigir o pagamento das dívidas e, de lá para cá, pediram reuniões com a direcção da Academia Sonangol, mas também sem sucesso.

Prestes a recomeçar o ano lectivo, os bolseiros denunciam publicamente essa situação com o propósito de “pedir ajuda a quem de direito que se digne ouvir e rever isso que estamos a passar”.

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