Bispo Alberto Segunda garante processar criminalmente advogado David Mendes por calúnia e difamação

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O líder espiritual da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, Alberto Segunda, revelou que vai intentar uma acção criminal contra o advogado David Mendes, que defende a “ala angolana” no “caso IURD”, por calúnia e difamação nos seus pronunciamentos públicos.

Na sua reacção, Alberto Segunda, fez saber que vai usar todos os mecanismos possíveis legais para responsabilizar criminalmente o deputado à Assembleia Nacional, devido aos seus “pronunciamentos irresponsáveis e levianos”. “Iremos utilizar todos os mecanismo possíveis a fim de responsabilizá-lo por tais falsas informações”, acrescentou.

Na passada sexta-feira, 15, em entrevista à Televisão Pública de Angola, (TPA), o jurista David Mendes, que defende os “pastores reformistas” da Igreja Universal do Reino de Deus, acusou a líder espiritual e presbítero da IURD em Angola, Alberto Segunda, de pertencer ao partido UNITA.

Em comunicado tornado público este domingo, 17, o bispo Alberto Segunda desmentiu tais informações tendo sustentado que sempre fez parte de um partido denominado “DEUS”.

O presbítero Alberto Segunda realçou que os pronunciamentos do causídico da “ala angolana”, reconhecida pelo Instituto Nacional dos Assuntos Religiosos (INAR), como os legítimos responsáveis da IURD em Angola, “foram infelizes e eivadas de calúnia e difamação” contra si “e contra os mais de 500 mil fiéis da universal no país”.

“Foi com grande consternação e tristeza que tomei nota das declarações do deputado David Mendes contra mim, na TPA, passando afirmações levianas e irresponsáveis a meu respeito usando o espaço público promovendo ataques”,

O líder espiritual disse ainda que nos últimos dias, o parlamentar tem sido infeliz nas suas declarações públicas, tendo esclarecido que não tem ligação com qualquer partido político angolano, e que seu único partido é o “Evangelho de Cristo”, pregando para ganhar almas.

Alberto Segunda lamentou igualmente aquilo que entende ser uma “campanha” de “desinformação” e tentativa de “assassinato” do seu “caráter e reputação por um cidadão que jurou defender interesses do povo na Assembleia Nacional”.

Refira-se que, os templos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola, cuja reabertura foi anunciada na terça-feira, 12, voltaram a ser encerrados e serão entregues à direcção “legitimada” pelo Governo  de acordo com Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), entidade que é igualmente fiel depositária dos templos que estavam apreendidos por ordem da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O director-geral adjunto do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), Ambrósio Micolo, confirmou este sábado, 16, que o tribunal decidiu devolver o património que estava sob arresto à igreja.

“Mas é preciso que o tribunal notifique o INAR para que este seja autorizado a fazer a entrega e possa autorizar a reabertura dos templos”, disse, acrescentando que “os selos estavam colocados”, pelo que “os fiéis da Igreja Universal violaram o pressuposto legal”.

Ambrósio Micolo salientou que neste momento “já não existem alas, existe uma direcção da Igreja Universal”, e é “esta direcção legitimada pelo Estado angolano que vai recepcionar os templos que vão ser entregues pelo INAR, esta é que tem legitimidade para reabrir e exercer as suas actividades”.

O responsável adiantou, também, que mal o tribunal notifique o INAR este fará a devida comunicação à PGR para se proceder à entrega dos templos, sublinhando que “vai ser reposta a legalidade”.

A Polícia Nacional voltou a encerrar os referidos templos da IURD, do Maculusso e Alvalade, depois da “ala” liderada pelo Bispo Alberto Segunda ter rompido o selo de encerramento, apoiando-se pela deliberação de juízes da 4ª Secção dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda (TPL) que determina o desbloqueio dos bens móveis e imóveis da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola.

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