Bié: Presidente da Comissão Provincial Eleitoral envolvido em nepotismo e tráfico de influência

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O presidente da Comissão Provincial Eleitoral (CPE-BIÉ) do Bié, Daniel Chimbinga Chande, que em 2021 enfrentou prisão domiciliar por ordem da Procuradoria Geral da República, acusado de abuso de poder, tráfico de influência, desvio de dinheiro e associação criminosa, voltou a adotar práticas que desafiam as leis que regulam a administração dos órgãos do Estado, ignorando os apelos do Comitê Provincial do MPLA do Bié por conduta ética.

Segundo o Club-K, ao todo, sete membros da família foram inseridos sem concurso público nesta instituição estatal. Duas filhas e uma prima foram colocadas na CPE. Uma delas trabalha apenas das 12h30 às 14 horas devido aos estudos universitários. A filha de um amigo, vinda do Huambo e alocada no município do Chitembo, não trabalha há dois anos, sem nunca ter recebido faltas ou descontos salariais. Daniel Chimbinga proibiu explicitamente o chefe de recursos humanos de registrar faltas para membros da família e parentes dos presidentes das comissões municipais. O antigo responsável por este departamento, José Maria, foi despromovido e obrigado a se aposentar após tentar penalizar as filhas do presidente e seus amigos por ausências frequentes do local de trabalho.

Três rapazes, filho, sobrinho e filho de um amigo com conexões na CNE, foram colocados nas comissões municipais. O filho atua no município do Cuito, onde o primo de Daniel Chande, Sr. Augusto Segunda, é presidente. O sobrinho e o filho do amigo foram designados para o município do Cunhinga, cuja presidente é a confiável associada do Presidente da CPE, Sra. Maurícia Antônia. Todos eles estão isentos de punições por faltas, mesmo quando ausentes do serviço.

As comissões municipais de Camacupa e Cunhinga, também protegidas por Daniel Chimbinga, viram suas presidentes inserirem filhos e familiares sem concurso público, proibindo expressamente o registro de faltas para membros da família. No município do Cunhinga, por exemplo, o motorista está sem função, pois o carro destinado aos serviços gerais, um Land Cruiser, foi dado ao filho da presidente para lazer com amigos e apoio a atividades familiares, embora ela mesma tenha recebido um veículo Jynmy nas eleições de 2022.

Desde 2022, a maioria dos documentos tem sido assinada na casa de Daniel Chimbinga, especialmente os relacionados à compra de materiais de consumo, que são fornecidos por sua própria empresa e de alguns amigos. Daniel Chimbinga quase transformou sua casa em uma extensão da CPE-Bié ao frequentar o local por quase um ano e meio.

Na CPE-Bié, Daniel Chimbinga frequentemente ameaça os chefes de departamento e seção com exoneração, especialmente aqueles que não concordam com seus esquemas. Além disso, devido à arrogância e abuso de poder, a convivência com os membros do plenário também não é pacífica.

Nos corredores da comissão, Daniel Chimbinga se vangloria, afirmando que ninguém tem a competência para removê-lo da presidência, nem mesmo com a proposta do primeiro Secretário do MPLA no Bié, Pereira Alfredo, devido à amizade deste com o presidente da Comissão Nacional Eleitoral, “Manico”.

Recentemente, Daniel Chimbinga tem influenciado os presidentes das comissões municipais (Andulo, Catabola, Camacupa e Cunhinga) a criar conflitos com os funcionários, a fim de iniciar processos disciplinares que resultem em demissões, permitindo que membros de sua família ocupem essas vagas.

Club-K

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