Antigos militares manifestam-se contra não pagamento de subsídio na Caixa de Social das FAA

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São centenas de homens e mulheres, ex-militares que advogam que, lutaram em prol da pátria, para que Angola hoje se tornasse num país livre e independente e acusam grupo de generais e oficiais das FAA do Ministério da Defesa de cortarem os seus subsídios para “benefício” pessoal.

Fonte: Radio Angola

Por: Gonçalves Vieira

No entanto, para reclamar aquilo que os antigos homens do gatilho consideram a violação dos seus direitos, os militares na reforma protestaram nesta quinta-feira, 23/03, defronte à Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas, na zona da Sagrada Família, em Luanda.

O mote de descontentamento dos militares reformados, segundo eles, é o não pagamento dos seus subsídios há mais de sete anos, sem qualquer justificação de quem de direito.

“Cortaram-nos os subsídios de empregada, subtraíram as pensões da reforma de maneira muito drástica, quer dizer que, um indivíduo que podia receber a pensão de acordo com a patente ou grau militar, agora é obrigado a receber por idade e os descontos são muito elevados, o que nos torna em autênticos homens de miséria”, lamentou um brigadeiro na reforma que se encontra na condição dos demais pensionistas.

Segundo um documento dos reclamantes a que a Rádio Angola teve acesso, enviada à “Comissão Adock” dos oficiais generais, superiores e subalternos dos reformados das Forças Armadas Angolanas (FAA), Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria junto à Caixa de Segurança Social das FAA, datado do dia 10 de Março, “exige” a partir do mês de Março do ano em curso, o inicio do pagamento, de forma faseada os noventa meses, que correspondem à sete anos e onze meses, sem o pagamento dos subsídios.

No documento, os pensionistas “exigem” igualmente ao pagamento da pensão de reforma condigna por patentes ou graus militares, conforme recebiam à quando da sua passagem à reforma, respeitando o princípio da reciprocidade de vantagem, tendo em conta, também, factores de idade e não aplicar a formula do tempo de serviço sem considerar o sacrifício consentido por estes “bravos combatentes pela conquista de liberdade, paz, justiça social, transformando Angola numa nação forte e próspera”, dizem os antigos combatentes.

Entrevistados pela Rádio Angola no local do “protesto”, os ex-militares reformados disseram que a sua luta visa “essencialmente o melhoramento das condições de todos os oficiais na reforma de Cabinda ao Cunene, de mar ao leste”, o que para eles “é tarefa fundamental e determinante para a victória”.

Segundo afirmam, o não pagamento dos subsídios que têm por direito, transforma-os na condição pedintes, por isso pedem a intervenção urgente do Presidente da República e Comandante-Em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, José Eduardo dos Santos para a solução do problema que já caminha perto de uma década.

Os antigos militares sublinham que os seus direitos “foram cortados” em 2009 por um grupo de generais e oficiais das Forças Armadas Angolanas que trabalha no Ministério da Defesa, na área dos Recursos Humanos, sob argumento de uma alegada crise financeira que assolava o país na altura o que para eles “não passou de uma manobra” para, depois passarem a se beneficiar dos seus ordenados.

A Rádio Angola tudo fez para ouvir responsáveis na gestão da Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (CSS/FAA), mas todos os esforços resultaram em fracasso.

Acompanhe a seguir o clamor à Rádio Angola, dos antigos combatentes que dizem não receber os subsídios há sete anos e onze meses:

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para [email protected]. A Rádio Angola – uma rádio sem fronteiras – é um dos projectos da Friends of Angola, onde as suas opiniões e sugestões são validas e respeitadas.

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