“Angola vive uma grave crise de legitimidade, credebilidade e confiança social, afirma oposição

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Os partidos políticos na oposição voltam a levantar suspensões à volta do processo eleitoral em curso no país, cujo acto de votação acontece no dia 24 de Agosto próximo, no país e no exterior.

Em conferência de imprensa nesta quarta-feira, a UNITA, CASA-CE, PRS e FNLA, apresentaram uma declaração conjunta onde espelham as supostas irregularidades e vícios num processo que poderá culminar com a eleição do novo Presidente da República e deputados à Assembleia Nacional.

Na visão da oposição, Angola vive uma grave crise de legitimidade, credibilidade e confiança social, caracterizada pela descrença dos cidadãos nas instituições, pelas práticas de exclusão, pela incapacidade do governo, em fim de mandato, de prover com eficiência e eficácia os serviços públicos e a satisfação das necessidades básicas dos cidadãos.

Na sua “declaração conjunta”, os partidos políticos com representação parlamentar falam no “uso abusivo dos recursos e funcionários públicos”, alegadamente “pelo Presidente da República, João Lourenço, nas vestes de presidente do partido do regime”.

Acrescentam a existência de “tratamento desigual dos partidos políticos e coligações de partidos pela imprensa pública e a transformação dos órgãos de comunicação social em instrumentos de propaganda partidária e hostilização dos adversários políticos do partido no poder”.

Reclamam também sobre a transmissão em directo de todos os comícios do Presidente do Partido no poder e a negação dos mesmos direitos aos demais concorrentes, a inacção da parte da PGR, ERCA e da CNE ante aos evidentes actos de violação da Constituição da República de Angola e da Lei, nesta fase de pré-campanha eleitoral.

No documento os partidos sublinham que regime, “em desespero de causa, prepara-se para defraudar a vontade soberana do Povo” através da “manipulação dos dados do registo eleitoral, limitação da observação eleitoral a dois mil observadores eleitorais para um universo de mais de 16 mil Assembleias de voto e mais de 30 mil mesas de voto”.

A votação antecipada “sem garantia de baixa”, em tempo real, nos cadernos eleitorais, o que pode, de acordo com aquelas forças políticas, permitir a duplicidade de votação.

 

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