ADMINISTRADORES COMUNAIS PROCURADOS HÁ MAIS DE CINCO MESES PELA POPULAÇÃO

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Os administradores das comunas de Cubal do Lumbo, Passe e Monte-Belo, no município do Bocoio, província de Benguela, estão há mais de cinco meses ausentes das suas administrações, segundo a população, sem nenhum esclarecimento. Trata-se de António Geraldo “Loló”, Joaquim Aurora António e Maria de Fátima Alberto.

Pinto Muxima | Bocoio

Em declarações à Rádio Angola, os populares das comunas de Cubal do Lumbo, Passe e Monte-Belo, lamentaram que estes governantes não são vistos nas sedes comunais desde Janeiro deste ano, “sem nenhuma justificação, mas que continuam nos seus cargos, governando as comunas à distância, o que não é bom”, desabafou um dos munícipes.

Para constatar a realidade, a reportagem da Rádio Angola deslocou às sedes comunais, cujos seus gestores são procurados pela população. O cidadão Luís José, da comuna do Monte-Belo disse que não vê o seu administrador há seis meses, situação semelhante relatada pelo Victorino de Carvalho, morador da comuna do Passe.

Manuel Mulangui, habitante do Cubal do Lumbo, afirmou que a população da comuna foi “abandonada” pela administradora Maria de Fátima Alberto, ausente da sede comunal há mais de cinco meses. “Ela recebe salário para estar ao serviço das populações e não para ficar em casa”, disse.

A comuna do Monte-Belo tem como administrador António Geraldo “Loló” que não é visto na administração desde Janeiro, um cenário idêntico é vivenciado pelos citadinos da comuna do Passe, gerido pelo Joaquim Aurora António. “Andam aonde, onde trabalham?”, questionou outro morador.

O cidadão Luís José acusou o administrador municipal do Bocoio, Paulino Chimbundu Gayeta, de incompetência ao não “conseguir coordenar devidamente os seus colaboradores directos”. “Se o administrador municipal não consegue, devia, sem vergonha demitir-se do cargo”, considerou.

Pelo cenário constatado pela reportagem da Rádio Angola, percebe-se efectivamente o desânimo no seio da população que alega estar votada ao “abandono” por parte dos seus governantes, que segundo lamentaram, “recebem dinheiro do Estado sem fazer nada”.

A Rádio Angola tudo fez para contactar as administrações comunais em causa para a versão dos factos, mas nenhuma administração aceitou falar a nossa reportagem.

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