Administradora da Camama Claudineth Fragoso acusada de impedir construção do complexo residencial da Konda Marta
A administradora da Camama impediu recentemente o acto de lançamento da primeira pedra, que visa à construção de um Complexo Residencial da empresa “Konda Marta” para os camponeses, num dos novos municípios de Luanda.
A cerimónia devia ter acontecido no dia 4 de Fevereiro – feriado nacional com convites endereçados às autoridades da capital (Governo da Província de Luanda, Polícia Nacional, Administração Municipal da Camama e MPLA), facto que segundo o PCA da empresa “Konda Marta”, Daniel Afonso Neto, não aconteceu devido ao impedimento de efectivos da polícia e fiscais, supostamente a mando da administradora Cludineth Fragoso de Almeida.
Segundo Daniel Neto, “as perseguições contra as camponesas e contra o director da empresa Konda Marta, pelos órgãos de defesa e segurança, bem como pelos próprios administradores, que são membros do executivo, ainda permanecem, tal qual assistimos hoje”, denunciou.
Os agentes da Polícia que estavam a bordos de uma patrulha com fiscais, impediram a realização da cerimónia e levaram o gerador e o aparelho de som, alegando que o terreno não tem licença de construção passada pela Administração Municipal da Camama.
Entretanto, o empresário Daniel Neto, que condena a atitude dos efectivos, explicou que “no simplifica 2.0, a reforma do Estado considera 26 actos para facilitar a vida dos cidadãos e em terrenos loteados não carecem de licenças, mas sim uma prévia comunicação, por isso em caso do silêncio das entidades licenciadoras devem se fazer uma mera comunicação, o que foi feito”.
“Infelizmente, no nosso país isso não funciona, o titular do executivo pode se esforçar pode tentar fazer qualquer coisa, mas em função dos marimbondos e do seu elenco não cumprem nada”, lamentou o porta-voz das camponesas.
Referiu que, “enquanto aguardávamos pelas entidades que nós solicitamos e eles responderam a nossa solicitação, o senhor comandante Nelito, o actual comandante provincial, após ter despachado os documentos rebateu que pelo facto do documento ter chegado tarde vai apenas um representante de nós”, disse, acrescentando que “tão logo vimos a polícia pensávamos que vinham com o objectivo de cobrir a actividade sabendo que o governador provincial estaria connosco, pelo contrário continuam com as suas máfias depois dizem que estamos a favor da calúnia e difamação, coisa que a gente não faz”.
Segundo o também tenente coronel das Forças Armadas Angolanas (FAA), os comissários, oficiais e até os senhores ministros, não cumprem com as ordens do próprio executivo. Relembrar que cedeu esses actos é próprio titular do poder. Aqui nós perguntamos: quem é o titular do poder? – é o Comandante-em- Chefe das Forças Armadas é o Presidente da República”.
Lembrou que no ano passado, no quadro do “simplifica” a empresa enviou uma solicitação à Administração, que permitiu a vedação do espaço. “Nos disseram que, no momento das obras, voltem para um possível depósito no cofre do Estado”, mas segundo disse “a obra foi demolida em Agosto do ano passado”.
O portal Rádio Angola, tentou sem sucesso ouvir a Administração Municipal da Camama.



