ACTIVISTAS CONDENAM DECISÃO DO TRIBUNAL DE LUANDA CONTRA JOVENS MUÇULMANOS

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Pela primeira vez em Angola activistas de diferentes províncias do país se reuniram para analisar a situação dos direitos humanos a nível nacional sob o lema “Unidade na acção”.

Texto de Nelson Mucazo Euclides

Os activistas representavam as províncias de Cabinda, Malanje, Moxico, Bié, Cuando Cubango, Luanda, Bengo, Huila e Benguela, e durante dois dias, 31 de Agosto e 1 de Setembro, estiveram reunidos na última referida, concretamente no município do Lobito.

De 31 de Agosto a 1 de Setembro, 35 activista estiveram presentes no Fórum Nacional de Activistas organizado pelo Omunga.

“Mais de metade das províncias de Angola estão representadas aqui, e a ideia é de arranjar uma forma de avaliarmos e analisarmos como é que podemos trabalhar juntos, e como é que poderemos reforçar por cada província as acções conjuntas”, disse José Patrocínio, coordenador da Omunga.

O evento serviu para criar um “plano estratégico que cada um vai desenvolver na sua província”, depois de uma “grande avaliação dos casos de violações contra os direitos humanos no país”. A “conclusão profunda” a que chegaram os presentes é que “será preciso mais denúncias”.

Entre as questões avaliadas consta a detenção e condenação dos jovens muçulmanos em Luanda. Consideraram a prisão uma violação grave à liberdade religiosa e de culto.

Abordou-se também as acções que têm sido levadas a cabo no Moxico, mas lamentou-se que apenas tenham sido implementadas no Luena por dificuldades de deslocação por estrada entre municípios. Enfatizou-se a morte do agente Ermiro Jamba Calima, torturado por agentes do SIC a mando do deputado pelo MPLA Mário Salomão e o comandante provincial comissário Dias do Nascimento, pelo que exigem justiça.

Para a Omunga, segundo o seu líder, foi bastante importante reunir activistas de várias províncias pela primeira vez. E outro ponto importante é a presença dos membros da Frontline, que acompanharam de perto este encontro.

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