ACTIVISTA DOS DIREITOS HUMANOS EXIGE EXONERAÇÃO DE ERNESTO MUANGALA
A situação prevalecente sobre a violação dos direitos humanos (assassinatos e torturas de cidadãos), bem como a não garantia de condições básicas às populações, como a falta de água potável, energia eléctrica e saneamento básico, faz com que os habitantes do Cuango e Cafunfo, região rica em diamantes, atribua nota negativa ao desempenho do governador da província da Lunda-Norte, Ernesto Muanga, que dirige há nove anos os destinos do povo da Lunda-Norte.
Fonte: Rádio Angola
Entre as figuras que contestam o trabalho de Muangala, consta o activista cívico e defensor dos direitos humanos, Jordan Muacabinza, um dos poucos activistas que luta pelo “bem-estar e progresso da população”. Em declarações a Rádio Angola, Jordan Muacabinza disse que o Presidente da República, João Lourenço “cometeu um erro grave” ao reconduzir Ernesto Muangala ao cargo de governador da Província da Lunda-Norte.
Para o defensor dos direitos humanos na região das Lundas, Ernesto Muangala “perdeu o norte em continuar a dirigir esta província, por isso, pedimos um especial favor ao Presidente João Lourenço, honestamente que exonere o Ernesto Muangala, não é boa gente, não está a dirigir bem esta província”.
“Estamos a desafiar o senhor Presidente a vir aqui e constatar a realidade da vila do Cafunfo onde se extrai o diamante, para ver como está”, desafiou o activista, para quem “o governador tinha saiu a dizer que vamos brilhar a Lunda-Norte como o diamante, e qual é o brilho se não temos água, luz e estradas em condições”.
Nesta entrevista a Rádio Angola, Jordan Muacabinza denunciou aquilo que considera a “violação sistemática dos direitos humanos”, pois segundo o activista o município do Cuango particularmente a região de Cafunfo “continua a registar casos de assassinatos e torturas de cidadãos garimpeiros”, acções estas atribuídas aos seguranças das empresas privadas que protegem as zonas de exploração diamantífera, aos militares e efectivos da Polícia de Guarda Fronteira.
Um dos casos mais recentes descreveu Jordan Macabinza, foi o assassinato de um jovem Joel Kapenda, 34 anos, que terá sido baleada no peito em Dezembro de 2017 por um agente da Polícia de Guarda Fronteira, identificado apenas por “Guerra” que se encontra detido no Cuango.
Oiça aqui na página Rádio Angola as declarações do activita.