Activista diz que juíza do tribunal de Cacuaco cumpriu “ordens superiores”

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Sete jovens do auto-denominado Conselho Nacional dos Activistas de Angola (CNAA), detidos na segunda-feira, 17/04, na sequência de uma “manifestação pacífica” que visava exigir transparência nas eleições e boa governação, foram condenados a 45 dias de prisão efectiva e ao pagamento de uma multa de 60 mil kwanzas como taxa de justiça.

Por: Radio Angola

Reagindo a sentença da juiza do Tribunal Municipal de Cacuaco, o actvista António Kissanda afirmou testemunhou-se mais um julgamento de “caris político” e que a magistrada “cumpriu apenas as ordens superiores”.

Os jovens activistas foram detidos na manhã desta segunda-feira, 17/04, nas imediações da Vila de Cacuaco, em Luanda, por agentes da polícia nacional que terão reprimida a manifestação espontânea. Segundo a acusação, os activistas terão quebrado o vidro de uma das viaturas da Polícia Nacional durante um protesto.

Adão Bunga conhecido por “MC Life”, David Saley, António, DMX e três irmãos identificados por Mabiala, são os jovens julgados e condenados pela juiza do tribunal municipal de Cacuaco a pena de 45 dias de prisão efectiva.

Em declarações a Rádio Angola, António Kissanda, conhecido igualmente por “Beiman”, membro do Conselho Nacional dos Activista de Angola (CNAA) disse que a manifestação pacífica visava apenas reclamar aquilo as “irregularidades” do processo eleitoral, bem como “exigir transparência e boa governação do executivo” suportado pelo MPLA.

“A condenação dos sete activistas prova mais uma vez que não existe separação de poderes em Angola e quem manda é o ditador José Eduardo dos Santos, que nos provou que manda na dita justiça”, disse António Kissanda (Beiman).

O activista descreve que a manifestação foi reprimida com “brutalidade” pelos agentes da polícia nacional, tendo resultado na detenção de sete dos seus companheiros, entre os quais o músico de intervenção social Adão Bunga ou simplesmente MC-Life.

António Kissanda lamenta a condenação dos seus companheiros e assinala que se tratou de mais um julgamento político, pelo que não se sente inibido com a medida da juíza do tribunal de Cacuco. O activista diz que “vamos continuar a pressionar nas ruas até que os nossos companheiros sejam libertados”.

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