“A democracia, não torna as mulheres em líderes”, afirma a jurista Teresa Amado
Rádio Angola (RA): A jurista Teresa Amado, proferiu uma comunicação em Luanda, no dia 18 do corrente. A actividade enquadra-se no Março Mulher. Nela versou sobre “Cidadania e empoderamento feminino”. Fez-se presente em Angola, a convite da Associação das Mulheres Juristas de Angola (AMJA).
Durante a sua comunicação, fez uma brevíssima resenha histórica em volta do conceito cidadania numa lógica puramente ocidental. Tendo dito que a cidadania evoluiu passando pela Grécia, Roma, Feudalismo, Revolução Francesa, Independência dos EUA e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Defendeu a ideia de que o conceito cidadania não é estanque. Foi mais longe, ao estabelecer um laço inevitável entre cidadania e democracia. “A cidadania é o exercício da democracia”, afirmou a oradora.
Quanto a representação das mulheres nos espaços de poder, fez uma referência sobre as mulheres nos fóruns parlamentos. Segundo ela, nos países árabes, 12%, Escandinavos, 42% Ruanda, 56%, África do Sul,45%, Suécia, 45%, França 19%, EUA 16% (na câmara dos deputados), Angola, 36,8%, Moçambique, 39,6%, Cabo Verde, 28%, Brasil, 13,6 % (Senado Federal), 9% (Câmara dos deputados), mas tem uma presidente da República.
AFinalmente, defende que as mulheres devem manter a sua essência. Proporcionando afeto na forma de estar e de organizar as sociedades. Não precisamos adoptar o modelo masculino para impor-se, uma vez que este modelo, deu provas de ser falho.
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