CONTAGEM INTERROMPIDA HÁ 24H POR FALTA DE ACTAS

Temos neste momento 415.880 votos válidos contabilizados em 15 províncias (nenhuma acta de Malanje, Lunda-Sul e Moxico recebidas até hoje, 7 dias depois das eleições). O nosso objetivo era atingir os 670 mil para termos uns redondos 10% do total. Infelizmente há mais de 24 horas que deixámos de receber actas e ponderamos por esse facto ficar-nos por aqui, aguardando como todos os restantes, os resultados de quem tem acesso à totalidade desse documento imperativo para se poder avançar: A CNE (oficiais) e os partidos da oposição (paralelos).

Resultados até ao presente momento:

MPLA – 50,67%
UNITA – 34,28%
CASA-CE – 13,05%
PRS – 0,89%
FNLA – 0,72%
APN – 0,39%

O MPLA subiu depois de termos introduzido resultados de províncias onde obteve (segundo as actas síntese) resultados esmagadores, como é o caso do Cunene. O PRS subiu depois de termos finalmente obtido algumas actas da Lunda-Norte, região de onde provém o grosso da sua base de apoio.

SOBRE O MÉTODO:
Ao longo dos primeiros dias contámos todas as actas-síntese que foram sendo enviadas um pouco de cada canto do país, mas essencialmente de Luanda. Nos últimos dias, a CASA-CE partilhou connosco uma quantidade considerável de actas de algumas províncias (não a totalidade). Começamos então a introduzir no nosso somatório os resultados das províncias de forma proporcional à sua representatividade. Por exemplo, o Kwanza-Norte representa no universo de votos válidos anunciados pela CNE uns meros 1,71%. Por isso, na nossa contagem tentaremos cingir-nos a essa mesma proporção. Em Luanda, a maior praça eleitoral, estamos mesmo a ser picuinhas e a tentar fazer essa estratificação por Município por termos consciência da polarização que existe a nível desta província, para não introduzirmos deliberadamente um elemento de desequilíbrio que aumente a margem de erro da nossa projecção.

Fonte: JIKU