Decretada prisão preventiva contra directora-adjunta da Konda Marta: PCA da empresa fala em plano arquitectado por invasorrees
Foi decretada a prisão preventiva à directora-adjunta para as operações da empresa Konda Marta, Joana Miguel Mgita, detida recentemente pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), no âmbito de uma queixa-crime de calúnia e difamação movida pelo Comandante Geral da Polícia Nacional, Francisco Ribas, mas a acusação aponta para o crime de associação criminosa.
O facto resulta do conflito fundiário de usurpação de terrenos no município da Camama, em Luanda, alegadamente pertencente à empresa Konda Marta, que envolve supostas altas patentes da Polícia Nacional (PN) e das Forças Armadas Angolanas (FAA), cuja disputa vem desde 2016.
Em Agosto deste ano, o Tribunal da Comarca de Luanda (TCL) deu provimento à Providência Cautelar da Konda Marta, tendo a juíza da causa da 2ª Secção da Sala do Cível e Administrativo da mesma instância de justiça, restituído a posse provisória à empresa Konda Marta, uma decisão que segundo o PCA da Konda Marta, Daniel Neto “ninca foi obedecida pelas autoridades policiais e da administração local”.
“A Juíza de Garantia afecta à Unidade de Apoio aos Juízes de Garantia, Ana Maria Nazaré Dias, em cumprindo da ordem superior, voltou a cometer erro no exercício das suas funções ao decretar prisão preventiva à senhor Joana Magita, directora-adjunta para área operativa da empresa Konda Marta”, denunciou Daniel Neto.
Segundo o responsável máximo das camponesas da Konda Marta, o acto foi protagonizado como forma de de “vingança sobre várias denúncias contras duas Juízas, sendo que uma queixa-crime foi apresentada contra à Juíza da Comarca de Bela, que esteve envolvida uma máfia de terrenos envolvendo um cidadão da República Democrática do Congo (RDC)”.
Joana Magita encontra-se detida no SIC-Geral, mas segundo apurou o portal Rádio Angola, devido ao trabalho de desifestação das celas, a arguida foi transfirida para o Serviço de Investigação Criminal (SIC-Luanda).
Refira-se que, no dia 20 de Outubro de 2025, a Procuradoria-Geral da República (PGR) Junto do SIC tinha notificado o Presidente do Conselho de Administração da empresa Konda Marta, Daniel Afonso Neto, juntamente com a sua subordinada Joana Miguel Magita, para que fossem interrogados no SI-Geral, em Cacuaco, às 10h00 e 12h00, respectivamente, mas de acordo com a denúncia do também tenente-coronel, “o procurador dispensou propositadamente o instrutor Paulo Dumbo, para depois servir de pretexto de que os arguidos não foram responder isto para justificar a detenção – tudo bem arquitectado”, disse.

