Secretário do PRS no Huambo diz que governantes angolanos fazem da riqueza de todos sua propriedade

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O secretário provincial do Partido de Renovação Social (PRS), António Soliya Selende afirmou que a “extrema pobreza” e a “miséria”, que assolam a maioria dos angolanos, tem como resultado “a má governação” do MPLA – partido no poder há 50 anos.

Ao discursar em acto político de massa nesta sexta-feira, 14, no sector da Chipipa, no município do Huambo, em alusão ao 35º aniversário do PRS, que se assinala na terça-feira, 18 de Novembro, cujo acto central aconteceu neste sábado, em Luanda, António Selende disse que “o povo angolano , em  particular a população do Huambo, lamenta a desgovernação do país”.

Para o político do PRS, “é preferível o colono português em vez do colono preto”, que na sua visão, “tortura e escraviza o seu próprio irmão e dono da terra”, tendo afirmado que “os angolanos vivem dominados sob um neocolonialismo, após 50 anos de independência”.

“Um Governo de teimosos, que não aceitam os conselhos, nem mudar o sistema unitário para o melhor sistema que é o Federalismo”, referiu, acrescentando que “a juventude já não vê futuro em Angola, escolhendo a Europa como porto seguro para se viver e construir suas famílias”.

Segundo o secretário do PRS no Huambo, “os gestores da riqueza colectiva fazem desse bem suas propriedades deixando os angolas ao deus dará”, tendo denunciado que a falta de fertilizantes na província, pois de acordo com ele, “mesmo com o lançamento do Ano Agrícola, não há adubo no Huambo”.

Apontou igualmente “a falta de medicamentos nos hospitais públicos, a falta de escolas, existência de estradas esburacadas e terraplanagem má feita”, por isso no comício à massa militante e demais cidadãos do Huambo para a mudança do sistema vigente nas eleições de 2027.

Quanto aos 35 anos de existência do PRS, António Selende sublinhou que se trata de um momento que deve servir de reflexão entre os os militantes, amigos e simpatizantes dos renovadores sociais, sobre os avanços e retrocessos da organização. “Em toda a actividade humana haverá sempre erros e os corajosos vão assumir e mudar a rotina”, ressaltou.

Fundado a 18 de Novembro de 1990, o Partido de Renovação Social (PRS) teve Eduardo Kuangana como primeiro presidente da formação que defende o federalismo como sistema de governo para Angola.