Ministério da Saúde de Angola termina curso de Reanimação Neonatal com especialistas do Brasil
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Pelo menos 525 profissionais de saúde encerraram nesta sexta-feira, 3, o curso de Reanimação Neonatal, promovido pela Unidade de Implementação do Projecto de Formação de Recursos Humanos da Saúde (PFRHS), órgão afecto ao Ministério da Saúde de Angola (MINSA).
O encerramento da formação, que decorreu nas províncias de Benguela, Huambo e Luanda, decorreu no Complexo Hospitalar Dom Cardeal Alexandre do Nascimento, na capital do país, e foi orientado por especialistas da Sociedade Brasileira de Padiatria, com o apoio do Governo da República Federativa do Brasil.
De acordo com a organização, o Programa de Apoio à Implementação do Curso de Reanimação Neonatal e Transporte do Bebé de Alto Risco em Angola “concluiu com sucesso a sua fase de formação, ultrapassando a meta inicialmente estabelecida”.
O primeiro seminário sobre os cuidados com o recém-nascido prematuro capacitou médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e estudantes das ciências da saúde, com foco em reanimação neonatal, transporte do recém-nascido de alto risco e formação de instrutores angolanos.
Este projecto é fruto de uma cooperação técnica multilateral, promovida com o apoio da ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, e implementado através de uma parceria entre a Unidade de Implementação do Projecto de Formação dos Recursos Humanos em Saúde ( UIP), Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE) e o Ministério da Saúde do Brasil.
O projecto conta igualmente com o apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Angolana de Pediatria (SAP), sendo que a coordenação técnica e administrativa da acção esteve a cargo da Unidade de Implementação do Projecto (UIP/PFRHS), com o envolvimento directo de um corpo técnico “altamente qualificado, composto por Job Monteiro – coordenador e gestor técnico do PFRHS, Djamel Kitumba – especialista de formação e Adão Chimuanji – consultor de formação e outros membros e especialistas da UIP, cuja dedicação foi essencial para a logística, mobilização institucional e articulação com os parceiros nacionais e internacionais.

Ao intervir na sessão de encerramento, o professor Job Monteiro, disse que “este programa marca um ponto de viragem na forma como preparamos as equipas neonatais no país”, pois para ele, “a formação de 525 profissionais e a criação de uma rede nacional de instrutores angolanos representa um avanço concreto rumo à redução da mortalidade neonatal e à consolidação dos cuidados intensivos neonatais em Angola”.
A Sociedade Angolana de Pediatria (SAP), entidade parceira e co-implementadora do projecto, teve uma participação activa e estratégica em todas as fases da acção formativa, desde o desenho técnico até à mobilização das unidades neonatais.
Para a organização, a conclusão deste ciclo formativo “é apenas o início de uma nova fase de capacitação contínua nacional, sustentada por formadores locais, políticas de saúde robustas e parcerias internacionais comprometidas com a saúde infantil”.
Para além da superação da meta estabelecida, o projecto destaca-se pela criação de uma rede nacional de 51 instrutores angolanos em reanimação neonatal e transporte do recém-nascido de alto risco, que prevê formar mais de 38 mil técnicos até 2028, em todo o país.
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