Médicos internos em formação do Polo de Cabinda iniciam rotações técnicas em Luanda
Foi aberto nesta quarta-feira, 20, em Luanda, o acto oficial de acolhimento dos 36 médicos internos de especialidade médica do “Polo de Formação de Cabinda”, que iniciam, a partir desta semana, as suas rotações técnicas nos principais hospitais da capital.
O “Polo de Formação de Cabinda” integra profissionais das províncias de Luanda, Lunda Norte, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Huíla e Benguela, contando com um total de 372 internos em formação, todos ao serviço do Hospital Geral e Provincial de Cabinda.
De acordo com a organização, o grupo presente nesta fase é composto por internos da província de Cabinda, que agora avançam para a segunda fase da sua formação especializada, após um período de formação local.
O evento foi presidido pelo professor Job Monteiro, coordenador Nacional e Gestor Técnico do Projecto, que na ocasião destacou os principais objectivos da formação e reforçou a importância da dedicação dos formandos e da uniformização dos procedimentos técnicos:
Durante o período de rotação, disse, “é essencial que haja alinhamento entre todos os profissionais. Este é um projecto de âmbito nacional, e a formação especializada deve ser tratada com o máximo rigor e seriedade”, salientou, tendo reforçado que “o Estado está a investir no capital humano da saúde, e é nossa responsabilidade corresponder com profissionalismo e dedicação”.

Estiveram também presentes no acto várias figuras-chave da implementação do projecto, com destaque para Djamel Kitumba – neurocirurgião, especialista em formação, Idalina Manuel – especialista em aquisições, Adão Pascoal – especialista em finanças e Manuel Nascimento, director pedagógico do Hospital Central de Cabinda (HGC).
O acto contou igualmente com a participação da especialista em Ambiente, Isabel Faria, Lúcia Chicapa – especialista em área social, Pierre Habimana – especialista em monitoria e avaliação, Joaquim Agostinho – gestor de base de dados e Karen dos Santos – assistente de aquisições e especialista em comunicação, informação e conhecimento, entre outros especialistas.
O especialista de formação, Djamel Kitumba afirmou ser um acto de “regozijo com esta formação”, pois entende ser “essencial para melhorar a resposta dos serviços e prestar melhor atendimento aos pacientes”.
Na sua comunicação, o responsável apresentou as etapas subsequentes do processo de rotação, em resposta aos questionamentos dos internos de especialidades médicas.
Por sua, a especialista para a área social, Lúcia Chicapa abordou os requisitos do Banco Mundial, incluindo o Código de Conduta e as directrizes estabelecidas no âmbito do programa de formação.
Os Internos do Polo de Cabinda presentes no acto, encontram-se a frequentar as seguintes especialidades médicas ortopedia e traumatologia pediatria, ortopedia e traumatologia de adulto, anatomia patológica, nefrologia e outras especialidades médicas como cardiologia, cardiologia pediátrica, neurocirurgia, neurologia, gastroenterologia e endocrinologia.
Durante um ano, os internos exercerão as suas actividades clínicas nas unidades hospitalares de referência de Nacional, tais como: Hospital do Prenda, Hospital Josina Machel, Hospital Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, Maternidade Lucrécia Paim, Hospital Geral de Viana, Hospital do Icolo e Bengo, e outras unidades de saúde designadas.
Este programa de formação integra-se no “Projecto de Fortalecimento do Sistema Nacional de Saúde”, financiado pelo Banco Mundial (BM), com de especializar e capacitar 38 mil profissionais de todas as carreiras do sector de saúde, até 2028, dos quais três mil médicos, nove mil enfermeiros, nove mil técnicos de enfermagem, nove mil técnicos de diagnóstico e terapêutica, quatro mil profissionais do regime geral e quatro mil profissionais de apoio hospitalar.
O Polo de Cabinda oferece várias especialidades médicas, com destaque para áreas “carenciadas” como ortotraumatologia, nefrologia, anatomia patológica, neurologia e outras, áreas com poucos profissionais especializados em Angola.
CK

