Greve de taxistas: Polícia diz que primeiro dia foi marcado com actos de vandalismos e saques em Luanda
A subida do combustível em Angola para 400 kzs o gasoleo e 300 kzs a gasolina tem estado a levantar a fúria de muitos angolanos e muitos actos de protesto têm sido levados a cabo pelos cidadãos angolanos.
Depois da marcha realizada pelo movimento contestatário, seguiu-se a marcha do Movimento dos Estudantes Angolano e, no último sábado, aconteceu novamente a manifestação do movimento contestatário angolano.
Desta vez, foi a vez da classe dos taxistas.
A paralisação geral dos táxis provocou o colapso do transporte urbano em várias zonas de Luanda, deixando paragens como Golf 2, Estalagem, Escongolenses, FTU e Zango sem qualquer meio de transporte, relata O Decreto.
Milhares de cidadãos madrugaram para ir ao trabalho, mas não conseguiram táxis. Alguns tentaram usar carros particulares, mas foram impedidos pela população, que acusa os condutores de prestarem serviço clandestino.
A Polícia Nacional confirmou a ocorrência de actos de vandalismo em algumas artérias da cidade e recorreu ao uso de gás lacrimogéneo para dispersar aglomerações, temendo protestos maiores. Garante ainda que medidas estão a ser tomadas para repor a ordem.

Os taxistas prometem manter o protesto durante três dias, em contestação à subida dos combustíveis.
De acordo com os dados apurados pelo Correio da Kianda, a zona do Golf 2, mais propriamente nas imediações do “Quintalão do Petro ao Kimbango”, tal como ainda em outros pontos da cidade capital, continua até ao princípio da noite desta segunda-feira, 28, a verificar actos de arruaças, pilhagem e vandalismo de bens públicos.
Conforme avançou o CK, os órgãos de Defesa e Segurança no local viram-se forçados a reforçar o contingente da Polícia de Intervenção Rápida (PIR), por formas a tentar travar a onda de “aproveitamento” protagonizado por pessoas alheias, que vêm a “oportunidade de adquirir alguns bens, por meio da desordem que se verifica na zona”.
“Muitos disparos, não consigo continuar a marcha de regresso para casa, por conta da insegurança que está a acontecer por quase toda extensão da Avenida Pedro de Castro Van-Dunen Loy”, disseram à nossa reportagem algumas pessoas que estão privadas de continuar o curso da caminhada.

