Trabalhadores do INEA denunciam dezenas de obras paralisadas após celebração de contratos

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Os funcionários do Instituto Nacional Estradas de Angola (INEA) denunciam a paralisação de várias obras, após a assinatura de contratos, alegadamente por falta de verbas, mas segundo os denunciantes, todos os meses, são submetidos novos contratos para o Tribunal de Contas (TC) validar, sem estarem previstos no orçamento.

“São mais de 30 contratos parados por falta de valor, mas todos os meses, são submetidos novos contratos para o tribunal de conta validar, sem estarem previstos no orçamento”, afirmam os funcionários, que falaram em anonimato.

Entre as obras paradas, os funcionários apontam a que se encontra na Estrada (EN120), no troço M’banza Congo/ Rio Bridge, Lucunga/Songo (província do Zaire), numa extensão de 178 km, a cargo da empresa TEA Engenharia e Construção.

Apontam também a obra de reabilitação da estrada EN120, troço Mpala /Noqui, com  108 km a cargo da empresa Engevia, reabilitação estrada EN 240, troço Cassai/ Biula/ Muconda, 89km, empreiteira adjudicada à AFÃ Vias.

Construção da EN100, troço Kilanda/ Cruzamento Aldeia Linkada/ Bairro dos Pescadores, na província do Bengo, obra a cargo da empresa Conduril.

Paralisação da obra de construção da EN100, na via que liga Matadi Mandonhe Aeródromo passando pelo Cruzamento Bairro dos Pescadores, igualmente na província do Bengo e está a cargo da empresa Conduril.

Apontam também a obra de construção na EN 100, no troço Ponte 5/ Rio Fuzo, no Bairro dos Pescadores, província do Bengo a cargo da Conduril.

Reabilitação da estrada EN160/EN280, troco Mavinga – Lievela – Cuito Cuanavale, numa extensão 152 km (ligação entre a província do Cuando e a do Cubango), a cargo da empresa QGMI.

Paralisação igualmente da construção em terra da estrada municipal ZRE 305-2 Nzeto-Bessa Monteiro- Quimaria, em extensão de 122 km, tendo como empreiteira a empresa Sinohydro.

Nomeações  e exonerações sem contactar director-geral do INEA

O colectivo de trabalhadores do Instituto Nacional de Estatística (INEA), mostram-se indignados pela actuação do ministro, uma situação, que segundo revelam, nunca foi vívida até antes da  nomeação de Carlos Alberto dos Santos, em Setembro de 2022.

Nomeações e exonerações;

Foi exonerado o director-geral adjunto para Administração e Finanças Hélder Wily Cahilo, indigitado em 2024, foi exonerado por doença prolongada e substituído por um ex-director do ministério das Obras Públicas, Dedaldino Balombo.

Igor Pereira foi interino sem ser nomeado como chefe de Departamento de Conservação de Estradas durante dois anos, pelo que o mesmo desistiu de trabalhar no INEA, em 2024, e actualmente trabalha para uma empresa privada.

Toco Kiala Zambê foi exonerado do cargo de chefe de Departamento de Administração e Serviços Gerais em 2024, em seu lugar foi nomeado um técnico  do Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, que segundo apurou este portal, Ernesto Soba, como também é conhecido, pediu demissão  e aguarda o despacho.

O chefe interino do Departamento de Equipamento, identificado por Filipe, assume o cargo, sem nenhum documento que oficialize a sua função desde Abril de 2024.

Álvaro Mussungo foi exonerado do cargo de chefe de Departamento de Equipamento e Produção (foi chefe Serviços Provinciais de Estrada do Moxico), tendo sido afastado por alegada calúnia do ex-assessor do ministro Carlos Alberto dos Santos.

Foi recentemente exonerado por supostamente ter sido provado ser o “o manipulador e criador de problema, o funcionários Samir Gomes Kitumba, do cargo de director-geral adjunto de equipamento e Produção, e no seu lugar foi nomeado o cidadão que atende pelo nome de Cláudio, que na visão dos denunciantes, “não conhece o activo do património deste departamento”.

Manuel Francisco Wagner chefe interino do Departamento de Equipamento e Produção desde abril de 2024, sendo que, passado um ano e seis meses, “não foi tido nem achado na hora de nomeações, transferiu-se o chefe do protocolo do Ministério das Obras Públicas para chefe de Departamento de Equipamento e Produção do INEA”.

“Atualmente há rumores fortes da possível nomeação de um técnico do Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, para ocupar o cargo de chefe de Departamento de Planeamentos e Coordenação do INEA”, adiantam.

De momento, de acordo com as fontes, “o cargo é ocupado interinamente sem documento de nomeação por Domingos Francisco da Gama António, há quase dois anos”.

Até ao momento o Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação (MOPUH) não apresentou qualquer pronunciamento, mesmo depois da solicitação feita por este portal, ao director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa, Paulo Teka.

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