Em Cafunfo: Polícia Nacional detém membros do Movimento do Protectorado Lunda-Tchokwé

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O presidente interino do autodenominado “Movimento do Protetorado da Lunda-Tchokwé”, Fiel Muaco, denunciou esta terça-feira, 30, a detenção dos membros da organização, na vila mineira, durante a noite de domingo.

Fiel Muaco revela que, nos últimos dias, o sector diamantífero de Cafunfo regista aparato militar nas ruas, sem razões aparentes, acção que se intensificou na noite de domingo, na véspera do dia 30 de Janeiro, data em que se assinalam dois anos, desde que dezenas de cidadãos foram mortes pela polícia nacional, 2021, na tentativa de manifestação contra a situação da província.

O líder interino do “Protetorado da Lunda Tchokwé” afirmou desconhecer as razões das detenções, uma vez que, a organização não comunicou às autoridades qualquer  pretensão de manifestação, em memória da data do massacre de 30 de Janeiro 2021.

Para Fiel Muaco, o acto protagonizado pelos órgãos de defesa e segurança na região, enquadra-se na “habitual investida de intimar as vozes que buscam a liberdade e exigem a autonomia da região leste do país.

Muaco denunciou ainda que as autoridades policiais estão a sua procura para ser detido sem culpa formada.

Quanto à situação do líder do movimento do Movimento, José Mateus Zecamutchima, o presidente interino manifesta-se preocupado com o quadro de saúde que apresenta pelo que pede intervenção do Presidente da República, João Lourenço, em prol da saúde de Zecamutchima.