Angola: CNE admite alteração dos resultados eleitorais

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Por SAPO 24

A Comissão Nacional Eleitoral de Angola admitiu que é possível os resultados eleitorais serem alterados após a averiguação das reclamações da UNITA.

“É sempre possível, em função da magnitude do número de votos reclamados, possam ocorrer algumas alterações na tabela”, admitiu um porta-voz da CNE em conferência de imprensa.

Todavia, a instituição “ainda não tem nenhuma reclamação formal de algum concorrente em relação aos resultados”.

Foi ainda referido que “os círculos eleitorais não estão fechados porque só ficam fechados com os resultados definitivos”.

Segundo dados divulgados pela CNE, quando estavam escrutinados 97,03% dos votos das eleições realizadas na passada quarta-feira, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde 1975) obteve 3.162.801 votos, menos um milhão de boletins escrutinados do que em 2017, quando obteve 4.115.302 votos.

Já a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) registou uma grande subida, elegendo deputados em 17 das 18 províncias e obtendo uma vitória histórica em Luanda, a maior província do país, conseguindo até ao momento 2.727.885 votos, enquanto em 2017 obteve 1.800.860 boletins favoráveis.

No entanto, o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, contestou na sexta-feira a vitória do MPLA e pediu uma comissão internacional para comparar as atas eleitorais na posse do partido com as da CNE.

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