Bispo da IURD em Angola diz-se preocupado com falta de serviços básicos nos bairros da periferia de Luanda
O líder da Igreja Universal do Reino de Deus “ala brasileira”, considerou preocupante as condições sociais de centenas de famílias, que vivem nos bairros periféricos da capital do país, onde os serviços públicos são quase “inexistentes”.
Rádio Angola
Alguns dos populares que residem nos bairros Lixeira, Monde Chapé, Fubu e o Povoado de Camizumba, por exemplo, lamentaram que passam por momentos “dramáticos” devido à fome, que cada vez mais aperta as famílias.
As famílias contaram que, a situação agravou-se nos últimos tempos, com o surgimento da pandemia da Covid-19, que motivou as autoridades do país, a criação de medidas restritivas que afectou muito os populares, cuja maioria depende da venda informal.
“Aqui enfrentamos momentos muito difíceis para sobreviver, não temos o que comer, não temos emprego e nossa sobrevivência depende de doações de pessoas de boa vontade”, disse uma das moradoras.
Ao receberem a cesta básica das mãos dos fiéis, os moradores manifestaram-se gratos com os bens alimentares e advogam que as acções de solidariedade devem continuar, “já que há muitas pessoas a sofrerem de fome”.
Entretanto, para minimizar a problemática da fome, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola, doou no sábado último, milhares de cestas básicas compostas por feijão, arroz, massa, óleo, fuba de milho, sardinhas, fubá de bomó e outros produtos alimentares não perecíveis.
O bispo Alberto Segunda referiu que a ajuda foi feita com um sentimento de gratidão e amor ao próximo, obedecendo aos princípios bíblicos.
“É um dia gratificante, porque estamos aqui a cumprir a palavra de Deus, que diz que, aonde estiver um aflito, uma pessoa sofredora me faço presente e, para nós estar ao destas pessoas carentes é estar próximo de Deus”, frisou.
O líder espiritual da IURD em Angola “ala brasileira”, avançou que, para além de produtos alimentares doados às famílias vulneráveis, a direcção e os membros da Igreja Universal do Reino de Deus, transmitiram “mensagens de consolo, carinho, irmandade e fé, porque a palavra de Deus é vida”.
Alberto Segunda disse que “é um trabalho social” que a sua congregação faz durante os 30 anos da sua existência no país, por isso, o seguidor de Edir Macedo garante continuar com acções semelhantes ao longo do ano prestes a terminar, com vista a levar alento aos mais desfavorecidos.
“A campanha Setembro sem fome vai se estender por mais meses, até ao fim do ano, com a certeza que muitas famílias serão agraciadas”, garantiu.
Nos bairros por onde passou interagindo com os moradores, Alberto Segunda manifestou a sua preocupação com as condições sociais em que estão votadas as famílias, que de acordo com a constatação “carece de quase tudo”.
Uma das preocupações registadas tem haver com a saúde, a população precisa de centros de hospitalares, água potável uma vez que consomem água imprópria para o ser humano o que tem provocado muitas doenças.
O lixo também constitui outro problema, bem como a falta de escolas públicas em muitas destas comunidades.
Alberto Segunda garantiu que, junto da administração local, traçar estratégias para a implementação do projecto da IURD, denominado: “Ler e Escrever”, no sentido de tirar muitas crianças que se encontram fora sistema normal de ensino.
Para este acto solidário realizado no sábado, 25 de Setembro, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) doou mais de 250 mil cestas básicas, que vão ser distribuídas durante a semana para mais de um milhão de cidadãos que passam por extrema necessidades.