Lobito: População do bairro “Mbango-Mbango” debate-se com falta de água potável e luz eléctrica há mais de dez anos

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A falta de água potável e corrente eléctrica tem levantado os “nervos” da população, que reside há vários anos, no conhecido bairro “Mbango-Mbango”, no município do Lobito, província de Benguela.

Faustino Dumbo | Lobito
Fonte: Rádio Angola

A situação, segundo apurou a Rádio Angola, já se arrasta há mais de dez anos, o que de acordo com os populares tem provocado “grandes constrangimentos” nas suas vidas sob o “silencioso das autoridades da administração local”, afirmam.

No local, a reportagem da Rádio Angola constatou a realidade que muito preocupa os seus habitantes, que lamentam que, são obrigados a comprarem uma banheira de água de três baldes a 100 kwanzas, a um dos vizinhos que tem um tanque, cuja água é comprada em camiões cisternas.

“Acontece que, a água não é muito boa para consumo humano, pois, fica por muito tempo no tanque devido à falta de limpeza”, disse um dos moradores.

Além disso, afirmam os moradores, só dependem de um único tanque de 300 mil litros de água, “mas não são todos que beneficiam da mesma água, aqueles que vivem próximo do tanque é que são mais beneficiados, os que vivem mais longe do local não apanham quase nada”, lamentaram.

A energia da rede pública é outro “calcanhar de Aquiles” que os populares enfrentam no bairro “Mbango-Mbango”. O cidadão Mateus disse à Rádio Angola que, por falta de iluminação pública, os assaltos de marginais têm sido constantes, porquanto, os “meliantes aproveitam-se da escuridão do bairro para protagonizar as acções criminais”.

Disse que a sua casa já foi assaltada por cinco vezes, devido à falta de iluminação pública. “Já me roubaram cinco vezes em casa e não tenho dinheiro para comprar os materiais elétricos que a ENDE está a pedir”, disse.

Por outro lado, sublinhou o munícipe, recentemente deslocou-se à uma das agências da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (END), mas lamenta que não conseguiu fazer o contrato por falta de valores suficientes, uma vez que, a END “exigiu ao pagamento de 12 mil kwanzas e mais seis mil para pagar o técnico.

A população acusa a Administração Municipal do Lobito de que, “nunca se pronunciou sobre estes problemas que os moradores estão a passar, o povo precisa do líquido precioso e energia eléctrica”, referiu.

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