População da Matala diz que administrador municipal “omitiu” realidade social da população ao governador da Huíla
Os jovens do município da Matala atribuem “nota negativa” à vista do governador da Huíla, Luís Nunes, que na semana passada, trabalhou durante dois na Matala, município que dista a pouco mais de 150 quilómetros da capital da província, onde constatou a execução dos projectos constantes no Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
Em declarações à Rádio Angola, a população lamenta que, ao contra de todas as expectativas, o governador provincial da Huíla, durante o período que permaneceu no município da Matala “ignorou” o contacto com as populações, particularmente a camada juvenil, “limitando-se em ouvir os militantes do MPLA”.
“Esperávamos que ele convocasse uma reunião com os jovens, mas infelizmente, o governador reuniu com os militantes do MPLA e não nos representou”, disse João Gomes.
O cidadão Fernando Ndala afirmou que, o governador Luís Nunes foi “enganado” pelo administrador local, ao permitir que durante a permanência do principal gestor da província a população viu os postos de iluminação pública acesos, um cenário que de acordo o jovem “nunca aconteceu desde que o ano de 2020 começou”.
“As lâmpadas foram acesas, uma situação que nunca ocorreu pelo menos desde que este ano começou e isto foi feito só para impressionar o senhor governador, uma vez que a população não sabe de onde veio à energia”, disse.
“Afinal, podemos ter iluminação pública?”, questionou o entrevistado, acrescentando que “esse governador foi enganado e é cúmplice, pelo que deve exonerar o administrador municipal da Matala”, defendeu o munícipe.
Os populares que lembram um “slogan” das autoridades, que diz: “A vida faz-se nos municípios”, a juventude esperava por uma “visita no verdadeiro sentido e não um mero passeio”.
“Não podemos continuar a brincar com coisas sérias, aqui vivemos problemas sociais muito assustadores e o governador vinha para reunir com quem não nos representa e ser enganado pelo administrador”, lamentou o jovem Adriano Hossi.
Para André Albino, o governador não devia ouvir “simplesmente” os militantes do MPLA e o administrador municipal, “mas sim todas as sensibilidades da Matala, sem esquecer os jovens”.
“Enquanto jovem, esperava apresentar várias preocupações, como por exemplo, é possível uma escola de sete salas custar 80 milhões de kwanzas e a terraplanagem um valor de 350 milhões?”, questionou.
Refira-se que, o governador da Província da Huíla, Luís Nunes visitou o município da Matala nos dias 2 e a 3 de Junho.
Os jovens que aguardavam com muitas expectativas a visita do governador viram suas “esperanças frustradas”, já que Luís Nunes “não ouviu as suas preocupações”.