Activista diz que “motivações políticas” inviabilizaram conferência sobre Autarquias Locais em Cabinda
A direcção da Escola Técnica de Saúde (ETS)está a ser acusada de ter “inviabilizado” a realização da conferência que estava marcada no mesmo local, para o sábado, 28 de Setembro, que seria promovida pela Associação de Desenvolvimento para Cultura de Direitos Humanos de Cabinda (ADCDC), com o suporte da organização não-governamental Friends of Angola (FoA).
Rádio Angola
Falando à Rádio Angola, o coordenador da Associação para Cultura dos Direitos Humanos em Cabinda, Alexandre Kuanga, refere que, um dos painéis devia abordar a relevância das autarquias face ao estatuto especial de Cabinda, tema que o coordenador da ADCDH, entende terá suscitado as motivações políticas e “uma mão invisível impediu a realização do acto”, disse.
Alexandre Kuanga disse que depois da organização do evento ter formalizado o pedido, o documento deu entrada à direcção da escola e durante as duas últimas semanas, foram interagindo “e achamos melhor que a conferência acontecesse no fim-de-semana, sábado 28 de Setembro, para que tivéssemos igualmente maior participação”, referiu.
“Na véspera fui confirmar à directora administrativa que garantiu que no dia seguinte estaria tudo pronto, mas, no dia marcado, as portas estavam encerradas e nenhum funcionário da escola apareceu para explicar o que se passava”, conta Alexandre Kuanga.
Consta que, a CEPI, uma organização não governamental local, levou a cabo a conferência “Sopa de Ideias Repensar Cabinda”, que decorreu sem sobressaltos, no mesmo dia e mesma escolaa, mas a palestra sobre autarquias, organizada pela Associação de Desenvolvimento para Cultura de Direitos Humanos de Cabinda (ADCDC) com o apoio da Friends of Angola (FoA) foi impedida, segundo os organizadores, por “motivações políticas”.
O responsável da Associação que defende os Direitos Humanos na província mais ao norte do país condena a atitude da instituição escolar e pensa que, ao impedirem a palestra, as autoridades do Governo de Cabinda violaram à constituição angolana que dá ao cidadão o direito de participar na vida política do país.
Kuanga garante que o evento foi remarcado para o próximo sábado, 5/10, não mais nas instalações da Escola Técnica de Saúde (ETS), mas sim no auditório da Rádio Cabinda, emissora afecta ao grupo Rádio Difusão Nacional de Angola (RNA).
Oiça aqui na página da Rádio Angola as declarações do activista Alexandre Kuanga: