Denúncia: uma cama para 4 pacientes com com diferentes patologias no hospital municipal do Bocoio
Fonte: Radio Angola
ENFERMEIRO DENUNCIA O ESTADO DEGRADANTE DO HOSPITAL MUNICIPAL DO BOCOIO
Rádio Angola: Bom dia, boa tarde, boa noite, onde quer que esteja, já está em sintonia de mais uma emissão da Rádio Angola a partir do Município do Bocoio, Província de Benguela, eu sou o Pinto Muxima, Jornalista Comunitário daquele Município e para hoje temos como convidado o Senhor José Martinho Munhica, que vai nos falar sobre o estado grave do Hospital Municipal do Bocoio.
RA _ Senhor Martinho diz-nos um pouco das condições do hospital Municipal do Bocoio?
José Martinho Munhica _ Do que se trata por tanto da situação do hospital do Município do Bocoio, nós podemos considerar como é triste e jamais foi vista, é um hospital em que com toda honestidade os enfermeiros têm uma vontade muito voluntária de puder corresponder naquilo que lhes fazem parte no desempenho das suas funções, mas infelizmente o material em falta não completa a vontade dos nossos técnicos no hospital do Bocoio.
RA_ Qual seria a maneira para melhor os médicos melhor trabalharem?
JMM _ A eficiência do técnico de enfermagem, parte na predisposição de todo o material de enfermagem e a necessidade de colocação de todo o material favorece por tanto o enfermeiro diante os doentes.
RA _ Como é que têm tratado sem essas condições?
JMM _ Essa situação tem nos obrigados ou posso dizer mesmo tem obrigado os técnicos de enfermagem, exigir com todo custo aos auxiliares dos doentes, tendo possibilidade como não, de qualquer das maneiras tinham que ser exigidos para conseguir o material necessário para os enfermeiros puderem corresponderem por tanto na sua missão de tratar os doentes.
RA _ Onde é que os encarregados dos doentes compram esses materiais?
JMM _ Neste momento em falta desses materiais os encarregados dos doentes são entregues as receitas, o enfermeiro ou o médico passa receita e essas receitas os encarregados levam até as farmácias privadas onde eles compram os medicamentos com altíssimos preços, onde vão conseguir alguns medicamentos que com os mesmos tratamos os doentes. É dramático o que se assiste nos hospitais e também há uma situação em que estamos a viver em que numa cama encontramos 3, 4 doentes com patologias diferentes, então, preocupa-nos bastante como, podemos travar por tanto o quadro epidemiológico dentro dos hospitais.
RA _ Temos acompanhados vários hospitais que não tem Água potável nem Energia eléctrica, o hospital do Bocoio possui essas condições?
JMM _ São factos concretos, assiste por tanto estas condições, o hospital do Bocoio infelizmente se por tanto haja um doente que precisa ser operado, a família desse doente é que tem de lutar para conseguir dinheiro da compra do combustível para os médicos conseguirem operar este doente se o próprio técnico que pode operar estiver no terreno. E for preciso transferir este doente para Benguela, igualmente tinha que ser os encarregados do doente conseguir o combustível para testar o depósito da Ambulância e o encarregado terá que sustentar tudo para que a operação seja efectuada.
RA _ No hospital Municipal não se faz operações?
JMM _ Faz-se de vez a outra, mesmo que este doente veio com uma condição que carecia por tanto uma tomada de medidas emergentes, não há possibilidade, mas tudo caberá ao encarregado do doente para que haja maneira de se tomar as medidas.
RA _ Na qualidade de enfermeiro deste hospital, é Seia o seu conselho para o governo Angolano?
JMM _ Nós gostaríamos ver os nossos hospitais serem apetrechados de medicamentos, dos materiais técnicos, dos aparelhos auxiliares dos diagnósticos suficientes para puderem corresponderem por tanto com o desempenho dos técnicos de enfermagens dentro dos hospitais.
RA _ Nós agradecemos senhor Martinho, esperamos receber-nos outras.